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Covid-19: Fórum Itaboraí participa do Comitê Científico da Prefeitura de Petrópolis


11/01/2022

Thaís Ferreira (Fórum Itaboraí/Fiocruz) e Carla Cavalcante (PMP)

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O estágio atual da pandemia do novo coronavírus e as medidas de proteção necessárias para garantir a segurança sanitária dos petropolitanos foram temas da primeira reunião do novo comitê científico do município. O grupo, criado para analisar e deliberar as medidas de contenção da pandemia, teve a sua primeira reunião na última quinta-feira (6/1), no Palácio Itaboraí, sede da Fiocruz em Petrópolis.


Durante a reunião, o governo municipal e a Fiocruz assinaram, dois acordos de cooperação (foto: Luiz Pistone, Fórum Itaboraí)

“A formação do Comitê é fundamental e estratégica para o enfrentamento à Covid no município. A pandemia já dura dois anos e é importante deixar claro que não acabou. Temos que sensibilizar a população sobre os cuidados necessários, como distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel, além de se evitar aglomerações. Cada um de nós temos que fazer a nossa parte para superar de vez esse momento”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.

Bomtempo destacou, ainda, que a ciência é soberana e garantiu os avanços nesse processo. “Não é necessário fazer uma retrospectiva, mas é importante frisar que é graças a toda a colaboração cientifica mundial que podemos estar aqui, hoje, em uma reunião presencial, pois colocaram a vida como principal valor”, completou o prefeito.

Para o secretário de Saúde, Marcus Curvelo, a criação do Conselho Cientifico é fundamental para a elaboração de uma agenda de trabalho produtiva. “Queremos que ela, de fato, pense naqueles mais frágeis da sociedade e que nem sempre têm acesso as informações necessárias”, destacou o secretário.

“Nós temos uma satisfação muito grande em colaborar com a gestão pública municipal. A missão do Fórum Itaboraí está centrada na promoção da saúde e na redução das desigualdades sociais. Portanto, é a partir dessa perspectiva que temos colaborado e continuaremos colaborando. Nosso trabalho é eminentemente comunitário, acontece nos territórios. E nossa visão parte da determinação social da saúde, ou seja, de como as condições socioeconômicas afetam o bem-estar, o bem-viver das pessoas”, explicou Felix Rosenberg, Diretor do Fórum Itaboraí.

Rosenberg apresentou uma síntese do histórico de cooperação entre o Fórum Itaboraí / Fiocruz Petrópolis e a Prefeitura Municipal desde 2011, bem como os principais projetos em curso na unidade. Dentre eles está o georreferenciamento por zona de calor da Covid-19 no município, realizado desde 2020. São mapas de Petrópolis que indicam as áreas de mais incidência e persistência da doença ao longo de quase dois anos, a partir de dados fornecidos pelo departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde. 

“O endemismo na região central do município é uma das principais conclusões que esse trabalho nos trouxe. Ou seja, o mapa de calor gerado a partir dos dados oficiais da Covid no município nos mostra a persistência dos casos no centro da cidade. Assim, se com esse sistema geográfico passamos a entender onde está a doença e como ela se comporta ao longo do tempo no território, temos os alertas claros e necessitamos de estratégias para reduzir a contaminação. Essa área central merece um olhar mais específico e atento, até porque a Covid ainda está aí e precisamos pensar e atuar com medidas epidemiológicas de prevenção. E os modelos e tecnologias sociais que desenvolvemos e aplicamos podem contribuir com enfrentamento de outras doenças que afetam a população e com políticas públicas intersetoriais de saúde”, destacou Rosenberg. 

Além do Secretário de Saúde, os médicos Marco Liserre, Luís Eduardo Fontes e Luís Arnaldo e o diretor do Serviço Autônomo do Hospital Alcides Carneiro (Sehac), Ricardo Patuléa, também participaram do encontro, assim como os secretários Marcelo Soares, de Desenvolvimento Econômico; Silvia Guedon, de Turismo; Karoline Cerqueira, da Assistência; Diana Iliescu, diretora presidente do Instituto Municipal de Cultura e Adriana de Paula, de Educação.

Acordo de cooperação científica

O governo municipal e a Fiocruz assinaram, durante a reunião, dois acordos de cooperação: um deles para fortalecer e desenvolver ações locais e intersetoriais em regiões de maior fragilidade social, voltado para a promoção da saúde, gestão socioambiental e o direito à cidade e o outro para implementar o monitoramento cartográfico participativo da Covid-19 e de outros agravos à saúde prioritários. 

“A assinatura desses documentos é uma demonstração clara de que nossa intenção é caminhar junto com a instituição que sempre se manteve ao lado do povo brasileiro. Além disso, trazemos o setor produtivo para esse encontro. Isso porque, entendemos que não é possível tomar qualquer decisão e avançar sem ouvir a todos”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.

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