14/09/2020
Valentina Leite
Estão abertas as inscrições para a 10ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nessa edição, a Obsma apresenta uma novidade: mulheres e meninas interessadas poderão concorrer ao Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã. As inscrições vão até o dia 13 de dezembro de 2020.
A premiação é destinada a trabalhos desenvolvidos por participantes do gênero feminino. Para participar, basta juntar um time de professoras e alunas que gostem de ciência, caprichar no projeto e fazer a inscrição normalmente na Olimpíada. Os trabalhos inscritos em qualquer uma das modalidades olímpicas podem concorrer ao prêmio. Saiba mais pelo regulamento.
Dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) apontam que, em 2018, menos de 30% dos pesquisadores e cientistas de todo o mundo eram mulheres. Dentro desse contexto, a Fiocruz está comprometida com a promoção da equidade de gênero na ciência – também alinhada com as diretrizes propostas na Agenda 2030 da ONU.
A coordenadora da Olimpíada, Cristina Araripe, pontua a relevância da iniciativa. “Em sua 10ª edição, a Obsma afirma o compromisso com o incentivo de carreiras científicas para jovens mulheres, através do lançamento do Menina Hoje, Cientista Amanhã”, diz. E completa: “Com o Prêmio, queremos estimular o debate sobre igualdade de gênero e trajetórias profissionais femininas, além de realçar a importância de que as mulheres obtenham acesso à educação de qualidade e aos recursos de ciência e tecnologia”.
Trajetórias inspiradoras
Em cada uma das edições do Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, uma cientista de destaque terá a sua trajetória homenageada. Nessa edição de estreia, a escolhida foi a pesquisadora Bertha Lutz.
Bertha foi considerada – e ainda é, até hoje – uma das cientistas brasileiras mais brilhantes da história. Nascida em São Paulo em 1894, a filha do zoólogo Adolfo estudou ciências naturais na França e, aos 24 anos, voltou para o Brasil e trabalhou no Museu Nacional. Além de se tornar uma pesquisadora respeitada pelo seu trabalho, ela foi ativista e uma das pioneiras do movimento feminista brasileiro.
A Fiocruz teve a honra de ser um dos lugares pelos quais a cientista passou enquanto trilhava a sua carreira. Já que falava várias línguas, Bertha trabalhou como tradutora no setor de zoologia do Instituto Oswaldo Cruz. Além disso, foi peça-chave na construção do Museu Oswaldo Cruz, criado em 1917.
Para saber mais sobre Bertha Lutz e sobre o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, acesse o site: olimpiada.fiocruz.br/premio-menina-hoje-cientista-amanha.
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