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Conferência Nacional de Saúde das Mulheres é tema da Radis


11/10/2017

Fonte: Ensp/Fiocruz

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Mulher com o braço levantado na conferênciaA 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, realizada em agosto de 2017, reuniu cerca de 1.800 participantes e discutiu temas como a legalização do aborto, o desmonte da saúde pública, as diferentes formas de opressão, assédio e violência contra as mulheres e o feminicídio  crime que custa a vida de uma mulher a cada duas horas no país. O evento, tema da reportagem de capa da Revista Radis 181 (outubro 2017), também recebeu destaque no editorial da publicação. "Há desigualdade entre homens e mulheres. Mas há, ainda, mais discriminação e invisibilidade caso elas sejam pobres, negras, indígenas, lésbicas, trans ou de baixa escolaridade, por exemplo", afirma o texto. A Radis n.181 apresenta reportagens sobre o projeto Refugiados de Belo Monte, o documentário Eu + 1: uma jornada de saúde mental na Amazônia, a ameaça de extinção da Renca e os destaques da semana comemorativa de aniversário de 63 anos da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

Na matéria de capa, intitulada #Nemumaamenos, as repórteres Elisa Batalha e Liseane Morosini retrataram a emoção presente na realização da conferência 31 anos após sua primeira edição, em 1986. Durante o evento, mulheres defenderam propostas importantes em relação à saúde sexual reprodutiva e debateram o racismo institucional e a LGBTfobia. “No Brasil, o feminicídio tem raça, cor, identidade de gênero e orientação sexual. A violência chega aos serviços de saúde, e este é um desafio que precisamos enfrentar.”

 Na reportagem sobre o 53º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, os participantes concluíram que o enfrentamento das doenças negligenciadas exige a compreensão do ambiente e inclusão dos indivíduos, bem como alertaram para o risco do aumento da vulnerabilidade social, com a perda de direitos e da proteção social e o desmonte da ciência nacional e da educação e saúde públicas.

63 anos Ensp
A Radis de outubro também celebrou os 63 anos da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) de luta pela universalização da saúde pública no Brasil. A Escola recebeu Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), e Leonardo Boff, teólogo e escritor, conhecido pela defesa dos direitos dos pobres e excluídos, para uma reflexão sobre o cenário nacional trinta anos depois da Constituinte. A revista também citou a criação do Conselho Consultivo da Ensp/Fiocruz e a homenagem ao professor Paulo Sabroza.

(Confira a edição na íntegra)

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