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Comperj só trará benefícios se incrementar educação, alertam pesquisadores

Ilustração que mostra o mapa do Comperj

29/04/2013

Informe Ensp

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O conjunto de atividades desenvolvidas pela Fiocruz na área de influência do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) ultrapassou as ações de monitoramento epidemiológico - previstas no início do acordo com a Petrobras. A grande abrangência do projeto resultou em um Programa de Desenvolvimento Científico da Fundação no entorno do Comperj, com atuação nas áreas de cooperação, ensino, desenvolvimento e inovação tecnológica em saúde.Os detalhes foram apresentados pelos coordenadores do projeto, Luciano Toledo e Paulo Sabroza, durante um centro de estudos da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). 

Em suas palestras, os coordenadores do projeto mostraram que a maioria dos problemas de saúde não está relacionada às obras nesse primeiro momento, mas sim à organização ou desorganização do sistema de saúde. Eles mostraram como o empreendimento será um grande vetor de mudanças na região metropolitana do Rio de Janeiro e que, por isso, é necessário avaliar não só agravos e doenças específicas, mas também a situação do estresse, a incapacidade para o trabalho, os delitos relativos à segurança pública e a identificação dos territórios críticos. Um aspecto que pode atuar como vetor de transformação nas populações pobres seria o aumento da escolaridade. Se não houver aumento da competência em termos de capacitação e escolaridade, a implementação do complexo não trará benefícios, afirmam os pesquisadores.

Atividades

Entre as ações da Fiocruz no entorno destacam-se o mestrado profissional em vigilância em saúde na Região Leste do Rio de Janeiro; a criação do Observatório de Situações de Saúde, que dá apoio às atividades de vigilância epidemiológica do Comperj; o lançamento dos Cadernos de Monitoramento Epidemiológico e Ambiental; além de uma série de publicações periódicas destinadas aos temas importantes da atenção básica em saúde e as parcerias desenvolvidas com o curso de graduação em saúde coletiva da UFRJ e o Instituto de Segurança Pública, que buscam discutir a parceria no fornecimento dos dados para o projeto e melhores formas de trabalhar e divulgar as informações de saúde e segurança na região.

A Fundação atua no complexo tendo em vista o acompanhamento dos agravos entendidos como sensíveis à população - transformações socioambientais, aumento da violência, acidentes de transporte, ocupação dos espaços urbanos, consumo de drogas e demais aspectos relacionados à saúde - além das consequências que um grande projeto de desenvolvimento como esse podem trazer para a região.

Leia a reportagem completa no Informe Ensp.

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