28/02/2023
Karina Costa (Cidacs / Fiocruz Bahia)
Desigualdades na cobertura vacinal de Covid-19, entre populações indígenas e não-indígenas, foram estimadas em um estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados em Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), junto com a London School of Hygiene and Tropical Medicine, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade São Paulo (USP), a Universitat Pompeu Fabra (Barcelona), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo o artigo em fase de preprint, estima-se que a população indígena tem uma proporção menor de pessoas com esquema vacinal completo, 48,7%, do que não-indígenas, 74,8%.
O estudo vinculou dados nacionais sobre imunização com registros de sintomáticos e de Infecção Respiratória Aguda Grave e estudou uma coorte de indígenas vacinados com mais de 5 anos entre 18 de janeiro de 2021 e 1º de março de 2022. Foram feitas estimativas sobre a cobertura vacinal para calcular a efetividade das vacinas CoronaVac, AstraZenica (ChAdOx-1) e Pfizer (BNT162b2).
Os resultados apontam uma cobertura desigual de vacinas de Covid-19 entre indígenas e não-indígenas, principalmente entre crianças e adolescentes e regiões com maior número de indígenas. Entretanto, o estudo também mostrou uma similaridade quando se trata da efetividade das vacinas entre os dois grupos. A efetividade da vacina foi medida quanto aos casos sintomáticos, mortalidade e hospitalização.
Os pesquisadores recomendam uma ampliação do acesso, principalmente entre crianças e adolescentes, e o oferecimento de doses de reforço para um nível de proteção adequado do grupo de indígenas. Acesse o artigo em preprint.
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