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Ciência Aberta é tema de debate na Fiocruz Minas


30/08/2018

Por: Anne Clínio (VPEIC/Fiocruz)

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A convite da diretora Zélia Profeta da Luz, o Grupo de Trabalho em Ciência Aberta (GTCA) esteve nesta segunda-feira (28 de agosto) na Fiocruz Minas Gerais para apresentar o Termo de Referência Gestão e Abertura de Dados para Pesquisa, visando iniciar o debate para a construção de diretrizes institucionais sobre essa temática. 
 
Na parte da manhã, Paula Xavier e Anne Clinio, membros do GTCA, se reuniram com a diretora Zélia Profeta da Luz e a Vice-Diretora de Ensino Cristiana Alves de Brito para conhecer melhor as pesquisas desenvolvidas na unidade a partir de relatórios elaborados pelo escritório de projetos. O foco da conversa foi identificar os projetos de pesquisa, cujos agentes de fomento exigem Plano de Gestão de Dados (PGD), e as revistas científicas priorizadas pelos pesquisadores para publicação de seus trabalhos. Há, pelo menos, 11 projetos de pesquisa com financiamento internacional da European Commission, National Institute of Health (NIH) e da Bill e Melinda Gates Foundation. Já no campo das revistas científicas, deverão ser sistematizadas suas políticas sobre a disponibilização de dados de modo a ter um panorama sobre práticas e exigências. Outra reunião, com Coordenadora de Desenvolvimento Institucional Ivanete Milagres Pressot, abordou o tema dos cadernos laboratório como uma boa prática de qualidade na pesquisa biomédica e experimentos mais recentes de formas eletrônicas de registro e de abertura deste instrumento.  

Já na parte da tarde, a coordenadora do GTCA, Paula Xavier fez a palestra “Gestão e abertura de dados para pesquisa: implicações para a pesquisa e a inserção da Fiocruz neste cenário“, seguida de debate com profissionais da unidade. Os principais tópicos levantados pelos presentes foram: a) análises dos prós e contras das opções de adotar repositórios de dados externos ou desenvolver infraestrutura própria da Fiocruz, abarcando temas como a terceirização de serviços, a responsabilidade sobre os dados em termos de reprodutibilidade, integridade e memória histórica; b) curiosidade em relação ao projeto Open Source Malaria e sua proposta de não cadernos abertos de laboratório e não patenteamento de soluções; c) As repercussões na carreira profissional dos pesquisadores da adoção da perspectiva da Ciência Aberta na medida em que o sistema de recompensas e crédito atual não valoriza as novas práticas; d) As desigualdades do fazer científico com o compartilhamento de experiências de tratamento diferenciado por avaliadores de pesquisadores do Sul (mais cobrados, mais exigidos) em relação a pesquisadores do Norte e a jornada dupla de trabalhar em mais de um língua (Português e Inglês).  

Confira o material em Power Point apresentado pelo GTCA e disponível no Repositório Institucional Arca: 

Reprodução autorizada mediante indicação da fonte. 

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