Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz uma instituição a serviço da vida

Início do conteúdo

Brasil e Índia firmam parceria na luta contra a malária


31/07/2008

Compartilhar:

Brasil e Índia firmam parceria na luta contra a malária

Os governos do Brasil e da Índia assinaram – em Nova Delhi, capital indiana – acordo de cooperação para a transferência de tecnologia na produção de medicamento antimalárico, que é mais eficiente para o tratamento da doença. A parceria permitirá que a Índia produza o ASMQ, uma combinação das substâncias artesunato (AS) e mefloquina (MQ), desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz e a organização internacional DNDi, sigla em inglês para “Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas”. O acordo foi firmado pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que está em missão à Índia.

Pelo acordo, no formato de parceria público-privada (PPP), a Fiocruz vai transmitir a tecnologia brasileira para a produção do medicamento pela empresa indiana privada Cipla. A cooperação foi formalizada por autoridades de Saúde da Índia e o ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, que está em missão naquele país, onde lidera comitiva formada pelo alto escalão da iniciativa pública e privada brasileira nas áreas de saúde e negócios.

A produção licenciada do antimalárico pela Índia irá abastecer o sudeste asiático. Nessa região, é alta a incidência de malária, especialmente a do tipo falciparum, considerada a forma mais agressiva da doença e para a qual o ASMQ é indicado. Na Índia, a malária ainda mata mais do que a Aids. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a doença provoque o óbito de aproximadamente um milhão de pessoas por ano.



As combinações medicamentosas contendo derivados de artemisinina (ACTs) são consideradas os melhores tratamentos disponíveis contra a malária falciparum e decisivas nas estratégias de luta contra a doença. Fácil de usar, eficaz e segura, além de mais acessível financeiramente, a combinação de AS e MQ é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2001, como um dos quatro ACTs de primeira linha para o tratamento antimalárico.

De acordo com a Fiocruz, o tratamento completo da doença com o ASMQ custa o equivalente a R$ 4,25 (2,50 dólares) por paciente. Além do Sistema Único de Saúde (SUS), o Laboratório BioManguinhos da Fiocruz – em parceria com a DNDi –  venderá o medicamento, a preço de custo, para os setores públicos de países endêmicos da América Latina e do Sudeste Asiático ainda este ano e em 2009.
 
(Fonte: Renatha Melo, da Agência Saúde, publicada no dia 31/07/2008)

Leia também:

Parceria internacional lança medicamento contra a malária



Voltar ao topoVoltar