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Acesso Aberto é destaque das comemorações dos 30 anos da Editora Fiocruz 


26/05/2023

Anne Clinio (VPEIC)

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Abrir o conhecimento por meio de livros acadêmicos - esse foi um dos grandes destaques da mesa de abertura “O Livro para a Ciência e a Cultura: quais estantes, quais alcances?", realizada como parte das celebrações do aniversário de 30 anos da Editora Fiocruz no dia 24 de maio na Sala de Leituras da Biblioteca Central de Manguinhos. Participaram do debate a vice-presidente da Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz e diretora da Editora, Cristiani Machado; o editor científico da Editora Fiocruz, Gilberto Hochman, o presidente da Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi; o recém-eleito presidente da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), Jézio Gutierre; e o diretor do Programa SciELO/Fapesp, Abel Packer.  

 

Editora Fiocruz como instrumento estratégico para abrir conhecimento acadêmico 

Foto: Raquel PortugalDesde 2014, a Fiocruz tem sua Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, elaborada para garantir à sociedade o acesso gratuito, público e aberto ao conteúdo integral de toda obra intelectual produzida pela Fiocruz. Ao longo dos últimos 10 anos, a Editora Fiocruz se tornou um importante instrumento disseminação, acessibilidade, e, consequentemente, visibilidade do conhecimento gerado na instituição.  

Durante o evento, o editor científico Gilberto Hochman reafirmou, entre muitos outros compromissos, o seu comprometimento com a democratização do conhecimento, a qualidade e a potência do conhecimento e com a educação pública e a valorização do livro acadêmico e universitário em qualquer formato. Lembrando a emergência sanitária do Covid-19, o editor destacou o valor inestimável do Acesso Aberto a periódicos e livros.  

“As editoras estrangeiras abriram temporariamente o acesso a uma parte dos seus livros como uma espécie de dádiva dos seus proprietários, dos grandes conglomerados editoriais. E voltaram aos bons negócios, fechando tudo, quando a crise declinou. A Editora Fiocruz e outras editoras, via plataforma Scielo já o fazem desde 2012 - não como ação filantrópica e eventual, mas como política pública, como compromisso com os recursos da sociedade brasileira.”, destacou.  

 

Obras da Editora Fiocruz estão entre as mais acessadas no Scielo Livros 

Foto: Raquel PortugalQuem também destacou o impacto da democratização do conhecimento da Editora Fiocruz a partir da sua estratégia de promover o Acesso Aberto a livros acadêmicos foi Abel Paker, diretor da plataforma Scielo Livros. “Dos vinte livros mais acessados na Scielo, treze são da Fiocruz, incluindo os três primeiros lugares. Isso mostra que o acesso a livros tem um impacto muito grande” disse o diretor.  Para Abel, a Ciência Aberta é a perspectiva que as editoras universitárias devem ter. “O desafio que a Editora Fiocruz é discutir como o livro acadêmico se insere na Ciência Aberta, abrindo o processo, abrindo para todo mundo e com a inserção da sociedade também” declara o diretor. 

A Editora Fiocruz, em parceria com as editoras da UFBA e da Unesp, OPAS e Bireme, é membro fundador do consórcio que elaborou e implementou o Scielo Livros. O portal, lançado em 2012, com o objetivo maximizar a visibilidade, acessibilidade, uso e impacto das pesquisas, ensaios e estudos acadêmicos, oferece hoje um acervo de 1.828 títulos, sendo 1.147 disponíveis em Acesso Aberto. Atualmente, estão disponíveis no Scielo cerca de 399 títulos da Editora Fiocruz, sendo que 60% em Acesso Aberto (244 obras), totalizando mais de 50 milhões de downloads entre os 116 milhões acumulados pela plataforma.    

 

Editoras universitárias demandam políticas públicas de Acesso Aberto 

O presidente da ABEU, Jézio Gutierre, considera Editora Fiocruz emblemática e lembrou que a ciência depende da comunicação na medida em que novas descobertas e enunciados dependem da aceitação crítica por uma comunidade de pares. “É fundamental que as editoras universitárias e as instituições de ensino se interessem pela disseminação dos seus conteúdos da maneira mais democrática possível. [...] Uma coisa que nos une é que nós precisamos fazer com que este país persiga uma política de Estado privilegiando o Acesso Aberto. Isto vai ser fácil? Não. Mas precisamos fazer” conclui o dirigente da ABEU. 

 

Livros científicos a serviço da sociedade brasileira 

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação e Diretora da Editora Fiocruz, Cristiani Machado lembrou a relevância da editora no cenário nacional e latino-americano, destacando diversas inovações criadas durante a pandemia para aumentar o acesso e a difusão de livros com a produção de vídeos com os autores, lançamentos simultâneos nos formatos on-line e impresso e os instant books Informação para Ação na Covid-19, que foram produzidos e publicados muito rapidamente para atender à demanda da sociedade em plena emergência sanitária. 

Comentando o lançamento do primeiro livro, Tópicos em Virologia, da Coleção Bio, que reúne pesquisas nos campos das biociências e biotecnologias em linguagem acessível para o público não especializado, a vice-presidente destacou a relação entre acesso ao conhecimento e garantia de direitos.  

“A escolha desse tema não é à toa, pois todo mundo virou um pouco cientista durante a pandemia e, diante da disseminação da doença, de notícias falsas e todo aquele processo duríssimo que vivemos, com vários tipos de violência, foi extremamente importante ter essa comunicação mais acessível. Isso tem a ver com o direito ao conhecimento que condiciona o acesso a vários outros direitos”, enfatizou.  

  

Confira a transmissão ao vivo pela VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz 

Fotos: Raquel Portugal

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