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Pesquisa e Inovação responsável: Evento debate as interações entre ciência e sociedade

Foto: IOC/Fiocruz

12/11/2019

Por: João Boueri

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O auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) recebeu no dia 04 de novembro o seminário ''Transformações Estruturais para Fazermos uma Pesquisa Responsável e com Inovação'', organizado pelo projeto europeu Structural Transformation to Attain Responsible BIOSciences (STARBIOS2), em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

A atividade, que discutiu o conceito de pesquisa e inovação responsável (Responsible Research and Innovation ou RRI) como uma nova abordagem para reforçar as interações entre ciência e sociedade, aplicada a questões relacionadas à educação, acesso aberto, ética, engajamento social e igualdade de gênero, contou com uma mesa específica sobre o tema da equidade de gênero, com a participação da coordenadora do Grupo de Trabalho Meninas e Mulheres na Ciência da Fiocruz, Cristina Araripe, da pesquisadora do Museu da Vida/Casa Oswaldo Cruz (COC/Fiocruiz), Luisa Massarani, da assessora técnica do Departamento Nacional de IST/AIDS/Hepatites virais, Alícia Krueger, da pesquisadora do Laboratorio di Science della Cittadinanza de Roma (Itália), Claudia Colonnello, da pesquisadora da UERJ, Laisa Liane Paineiras Domingos e do coordenador do Centro Jovem Aprendiz da instituição beneficente Conceição Macedo, em Salvador, o padre Alfredo Dórea.

Araripe afirmou que no século 20 as mulheres conseguiram avançar no sistema educacional, vencer o analfabetismo e ingressar nas universidades e na carreira científica, mas destacou que mesmo diante de tantos avanços  na carreira científica e nos direitos civis, ainda existem impedimentos que contribuem para a manutenção da invisibilidade feminina. 

"O distanciamento das mulheres na carreira científica começa no processo de socialização quando elas são direcionadas para a esfera privada e os homens para a esfera pública. Segundo dados do IBGE, em 2018, as mulheres brasileiras ainda gastaram, em média, 72% a mais de tempo que os homens no trabalho doméstico e de cuidados", argumentou. "A composição da elite científica brasileira ainda é muito masculinizada, com apenas 24,6% das bolsas com maiores recursos destinadas à mulheres, mas é inegável que nas últimas décadas as novas gerações de pesquisadoras têm contribuído para uma mudança de paradigma referente à inserção de mulheres na ciência'', concluiu.

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