30/09/2019
Por: Claudia Lima (CCS/Fiocruz)
O aniversário de 120 anos da Fiocruz já tem uma identidade própria: o selo que será usado nos materiais impressos e digitais da Fundação durante as comemorações foi lançado na última quinta-feira (26/9), em cerimônia realizada no Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), no Rio de Janeiro. A marca é resultado de um processo seletivo interno, aberto para os designers e programadores visuais da instituição. O vencedor foi o designer Diego Destro, da Assessoria de Comunicação do Instituto de ecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), cuja proposta foi escolhida entre as 17 apresentadas.
Para criar, Destro usou os conceitos de tradição, solidez e riqueza em conhecimento e desenhou a torre do Castelo, maior ícone e patrimônio da Fundação. Utilizou a cor laranja, em referência aos tijolos da construção, e formas simplificadas para harmonizar o uso do selo com as logomarcas das diversas unidades. Depois de sua apresentação, o designer agradeceu à instituição por fomentar o processo criativo de seus profissionais – e foi aplaudido pela entusiasmada torcida de sua equipe de trabalho.
Comissão Avaliadora
A Comissão Avaliadora foi presidida pelo superintendente do Canal Saúde, Arlindo Fábio Gómez de Sousa, sociólogo e professor emérito da Fiocruz; pelo editor-executivo da VideoSaúde, o diretor, roteirista e produtor Wagner Oliveira; pelo diretor de criação e sócio do estúdio Disarme Gráfico, o designer Bruno Ventura; pelo professor visitante da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/Rio), o designer Hugo Costa Gripa; e pela escritora Andrea Jakobsson, vencedora de quatro edições do Prêmio Jabuti.
O resultado final foi obtido por consenso entre os integrantes da Comissão, de acordo com Arlindo Fábio em seu discurso de apresentação. Para ele, a participação foi representativa do compromisso da comunidade Fiocruz com a instituição. “Vale ressaltar a excelente qualidade do material apresentado, que levou a Comissão a examinar e reexaminar por várias vezes cada uma das peças, levando em conta as dimensões técnica, estética, estilística e simbólica”, afirmou.
A cerimônia foi conduzida pela coordenadora-executiva da Comissão criada pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz para tratar dos 120 anos, Inês Fernandes, também responsável pelo edital da seleção interna. Depois do lançamento do selo, Inês convidou representantes das subcomissões criadas para organizar as comemorações – científica, de cultura, de comunicação e de ações políticas – para falar sobre o andamento dos trabalhos.
Preparativos
Antes do lançamento do selo comemorativo, a presidente Nísia Trindade Lima falou. “É um momento muito especial na vida da nossa instituição, não apenas para a Fiocruz, posso ousar dizer, mas para a sociedade brasileira que vê na Fiocruz uma instituição a serviço de seus valores maiores, tantas vezes ameaçados”, discursou. “São valores centrais que a duras penas foram sendo construídos nesses 120 anos e, no período mais recente, com a Constituição Cidadã, se somaram valores mais recentes de cidadania, democracia, redução das desigualdades e justiça social”.
“A ideia dos 120 anos é fruto de uma visão de que a nossa instituição - que tem um legado tão importante e coloca como um grande desafio pensar o futuro - precisa fazer um balanço dessa trajetória e compartilhar propostas para a sociedade. Por isso escolhemos esse mote: Fiocruz 120 anos – patrimônio da sociedade brasileira”, explicou Nísia. A presidente citou o vídeo institucional, a frase Pés fincados na tradição, olhos voltados para o futuro e a trajetória dos trabalhadores de diversas categorias da instituição como fonte inspiradora para as ações.
Eixos temáticos
A presidente apresentou os oito eixos temáticos balizadores das atividades comemorativas, definidos pelo CD Fiocruz. Entre eles, a preservação e o avanço do Sistema Único de Saúde (SUS) frente aos desafios atuais e do futuro; o compromisso institucional com a superação das desigualdades sociais; o fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação a serviço da sociedade; e os desafios para a saúde frente as transformações em curso no contexto da quarta revolução tecnológica.
Depois da apresentação de Nísia Trindade Lima, falaram representantes das subcomissões: o diretor da COC/Fiocruz, Paulo Elian, pela de cultura; o coordenador das Ações de Prospecção, Carlos Gadelha; a coordenadora de Comunicação Social da Fiocruz, Elisa Andries; e a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio. Também pela subcomissão de cultura a estudante Brenda Gomes dos Santos Silva, representante do Grêmio da Escola Politécnica Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz).
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