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Fiocruz Brasília discute Termo de Referência com GTCA 

24/01/2019

Por: Maira Baracho (VPEIC/Fiocruz)

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No dia 31 de outubro foi a vez da Fiocruz Brasília receber a visita do Grupo de Trabalho em Ciência Aberta (GTCA), representado pelas pesquisadoras Flávia Elias e Márcia Motta, e debater as diretrizes e princípios propostos para a implantação de diretrizes institucionais sobre gestão e abertura de dados para pesquisa. 

A abertura da reunião foi conduzida pela Diretora da Fiocruz Brasília Fabiana Damásio que contextualizou a criação do GTCA a partir da Plataforma Zika - Plataforma de vigilância de longo prazo para a Zika e suas consequências, cujo Termo de Execução Descentralizada (TED) da Fiocruz Brasília e do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS/Fiocruz Bahia) aponta a Ciência Aberta como meta. A diretora compartilhou que uma das expectativas da Ciência Aberta é promover a circulação da informação com maior rapidez, favorecendo respostas mais qualificadas para os problemas da sociedade, como, por exemplo, emergências em saúde. 

As pesquisadoras do Grupo de Trabalho deram continuidade à atividade apresentando o Termo de Referência criado pelo grupo e que, dividido em 7 princípios e 45 diretrizes, tem o intuito de ofertar um subsídio para o início do debate dentro da Fiocruz e promover a construção de uma política interna que atenda aos diversos desafios e especificidades das diferentes áreas de pesquisa. 

Durante o debate, questões como a postura de posse dos pesquisadores diante dos dados coletados para pesquisas foram problematizadas e apontadas como barreiras que necessitam ser transpassadas. Nesse sentido, foram discutidos ainda outros desafios, tais como: as desigualdades estruturais na educação e na ciência, a desconfiança dos pesquisadores, diferentes interesses em relação ao uso dos dados, assimetrias entre países, diferenças entre áreas de conhecimento para abertura, acesso e reuso, necessidade de bases legais e éticas no Brasil, que sustentem os princípios da Ciência Aberta, o corporativismo da comunidade científica, a necessidade de financiamento para capacitação e não reconhecimento do esforço dos pesquisadores. Os desafios que se interpõem a implementação da Ciência Aberta requerem que a Fiocruz elucide sobre como praticar as diretrizes apresentadas e ao mesmo tempo tenha medidas de proteção.

O grupo sugeriu, ainda, que seja feito um aprofundamento sobre a reflexão crítica do contexto brasileiro frente aos interesses econômicos, políticos e sociais que integre o Termo de Referência, no sentido de orientar a comunidade da Fiocruz também sob esse aspecto. 

Reprodução autorizada mediante indicação da fonte. 

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