Acervos Museológicos

Microscópio, jaleco e a caneta tinteiro do cientista Oswaldo Cruz, as primeiras ampolas da vacina contra a febre amarela e um esterilizador que data do início do século 20. Estes são alguns itens que compõem o centenário Acervo Museológico da Fiocruz, que reúne atualmente mais de duas mil e quinhentas peças que representam o patrimônio da ciência e da saúde brasileira. 

Parte da memória institucional, o acervo museológico da Fiocruz tem ênfase da história da instituição e conta a história da saúde pública no Brasil, do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, da medicina e suas disciplinas, de uma maneira diferente, a partir de equipamentos de laboratório, objetos pessoais de grandes cientistas, materiais utilizados na produção de medicamentos e vacinas, além de instrumentos médicos, mobiliário, medalhas, moedas e uma pinacoteca, desde meados do século 19 até os dias atuais. 

Alguns desses objetos podem ser vistos em exposições, por exemplo. Os itens expostos, porém, representam apenas uma pequena parte do acervo museológico. As peças, em sua maioria, ficam guardadas na reserva técnica museológica. 

Classificado na área da ciência e tecnologia em saúde, a origem do acervo está relacionada a criação de um museu científico no Instituto Soroterápico Federal, proposto por Oswaldo Cruz, destinado à medicina experimental e à saúde pública. 

Após a morte do cientista, em 1917, a sala de trabalho de Oswaldo Cruz, localizada no Castelo Mourisco, foi transformada em Museu Oswaldo Cruz e uma coleção histórica começou a ser formada, com seus objetos pessoais e de trabalho. 

A criação da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), em 1986, ampliou as atividades de preservação e valorização da memória e do patrimônio cultural da Fiocruz. Em 1994, a implantação do Museu da Vida como um departamento da COC permitiu a reformulação do antigo Museu Oswaldo Cruz com base em novas políticas e métodos de guarda e preservação de seu acervo, que culminaram na organização da Reserva Técnica Museológica.