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Jovens participam do projeto piloto de Vivência no SUS em São Paulo


03/02/2023

Roberta Nunes

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Foto: Luciane Ferrareto

Durante os dias 21 e 29 de janeiro aconteceu na cidade de São Paulo o primeiro Viver SUS. Vinte estudantes participaram de vivências no Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, no bairro de Vila Mariana, no Centro de Saúde Escola do Instituto Butantã, em postos de saúde do município de Diadema  (UBS Nações, Espaço Colmeia e CAPS Norte) e na Escola Nacional Paulo Freire. 

  

                 
Fotos:Geovanni Carvalho | @ogeovanni_

O projeto Viver SUS acontece em parceria com o Levante Popular da Juventude e se baseia no quadrilátero do SUS: formação, atenção, gestão e controle social em saúde no seu processo metodológico e conta também com a formação dos participantes da vivência e seus facilitadores. Para além da formação, o encontro teve como objetivo fortalecer os laços da juventude com o território a partir da intensificação da defesa do SUS. Os vinte participantes, oriundos de diferentes lugares do Brasil participaram de debates sobre a conjuntura política geral e da saúde com a presença de Alisson Sampaio, militante do Movimento Brasil Popular e da Rede de Médicas e Médicos Populares, e Daiane Araújo, militante do Levante Popular da Juventude e Diretora da UNE. O assunto de prevenção e promoção da saúde e suas relações com os determinantes sociais também foi tema de debate e contou com a presença de Adriana Castro, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além do debate sobre Reforma Sanitária. 

    
Cards retirados do Instagram do Levante Popular da Juventude 

Para auxiliá-los nessa formação, os viventes tiveram acesso e puderam acompanhar a rotina do serviços de saúde, conhecendo sua funcionalidade, potencialidades e desafios.

"A atenção à saúde apresenta inúmeros desafios de ordem social, cultural, técnica e política, disse Luciane Ferrareto, coordenadora da Agenda Jovem Fiocruz, que esteve presente durante os 8 dias do curso piloto. Ferrareto comenta ainda que favorecer serviços de saúde de qualidade para a população, em especial a população juvenil em suas demandas por cuidado requer tanto a compreensão do modo como os serviços operam as ações dirigidas a esse segmento, quanto a incorporação de novas abordagens na formação de futuros profissionais de saúde atentos à condição juvenil contemporânea em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde." Os viventes puderam observar não apenas como os serviços operam as ações dirigidas à juventude, como também conhecer o funcionamento do serviço dirigido a população que usa o SUS, ressalta Luciane.  

Os participantes também puderam conhecer o projeto de Agentes Populares de Saúde apresentado por David Martins, da Coordenação Política Pedagógica da Escola Nacional Paulo Freire e contaram com a presença de Raquel Almeida, do Setor de Saúde da Escola. Ao final das atividades todos visitaram a horta da Escola. 


Fotos:Geovanni Carvalho | @ogeovanni_

Após o encontro, o desafio dessa parceria é a construção do projeto Viver SUS para cada território onde os vinte viventes estão inseridos pensando na  realidade de cada local, suas realidades e demandas. 

Elder Reis, coordenador do projeto pelo Levante destaca a importância desses oito dias de vivência:  "Em cada serviço percebemos o quanto o SUS é imenso e extremamente necessário na vida de cada pessoa. 
Saímos dessa edição do ViverSUS com a convicção de que defender o SUS é uma luta necessária à toda juventude. E, mais que isso, defender um SUS universal, equânime e efetivo significa necessariamente defender a democracia e a construção de um projeto coletivo e popular de sociedade. 
Encerramos a edição do Viver SUS São Paulo comprometidas com a tarefa de realizar edições estaduais, nas cinco regiões do Brasil." 

 

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