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Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência celebra encerramento do evento Imersão no Verão


15/02/2023

Simone Kabarite

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O encerramento do evento Imersão no Verão do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência foi marcado por muito entusiasmo e pela troca de experiências de pesquisadoras e alunas. A Roda de conversas Diversidade de Vozes, realizada dia 10 de fevereiro, na Tenda Luís Fernando Ferreira na Escola Politécnica de Saúde Pública Joaquim Venâncio (EPSPV), promoveu o encontro das participantes do Imersão no Verão, quando a Fiocruz abriu suas portas para cerca de 100 alunas do ensino médio de escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, que foram recebidas por profissionais da instituição em seus laboratórios e espaços de pesquisa.

Para compor a mesa da Roda de Conversas foram convidadas: Gabriela Soares, representante da Associação de pós-graduandos da Fiocruz; a pesquisadora do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e presidente da Asfoc, Mychelle Alves; a coordenadora do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, Cristina Araripe; a Secretária Municipal de Ciência e Tecnologia do Rio, Tatiana Roque; a pesquisadora e representante do Comitê de Gênero e Raça da Fiocruz, Hilda Gomes, e a Vice-presidente de educação, comunicação e informação da Fiocruz, Cristiani Machado.

Na abertura, Gabriela Soares falou sobre as dificuldades iniciais que as estudantes enfrentam para ingressar na carreira científica. “Quando vemos que a maioria nos cursos de pós-graduação é composta por mulheres e o mesmo não acontece nos cargos de pesquisa, é preciso questionar: Algo está errado? Se nós somos maioria, o que está acontecendo?”. Mychelle Alves destacou a importância do Programa para as meninas conheceram mais a ciência. “Eu já fui a menina preta, pobre, de escola pública como muitas de vocês. Então, ter esse contato com a ciência é fundamental, a representatividade é muito importante”, afirmou.

A pesquisadora Hilda Gomes ressaltou a importância da coletividade para a ampliação do olhar da sociedade. “Nosso trabalho tem que ser sempre coletivo, estabelecer redes de apoio, com pessoas que estão na luta antirraacista, anticapacitista, antimachistas,  porque, dessa maneira, estaremos trabalhando a educação do olhar contra qualquer forma de preconceito. Eu acho que o sucesso dessa Programa está assentado nessa base”, reforçou. Cristina Araripe agradeceu as alunas que se inscreveram na Imersão e as pesquisadoras que dividiram parte do cotidiano com as meninas. “É importante ressaltar que nós tivemos o Mais Meninas em todo o Brasil.  Nós estamos aqui hoje celebrando a atividade presencial, mas houve atividades em 10 estados e no Distrito Federal. Quero agradecer esse grupo enorme de mulheres pesquisadoras, de apoio e de comunicação”.

A Secretária Municipal de Ciência e Tecnologia do Rio, Tatiana Roque, afirmou que o Programa está em sintonia com os objetivos atuais da prefeitura. “Queremos fazer muitas parcerias, porque também é um dos objetivos principais da Secretaria: ter mais meninas, mais mulheres negras na ciência. Então, esse Programa tem tudo a ver com as nossas prioridades”, afirmou.

Cristiane Machado, vice-presidente de educação, agradeceu a mobilização de todas para a realização do evento. “Hoje é um dia de celebração, mas não é só hoje. Nós temos uma série de atividades durante todo o ano de incentivo das mulheres da ciência. Há iniciativas em diversas iniciativas nas unidades, como o Programa de Vocação Científica (Provoc) e a Olímpiada de Saúde e Meio Ambiente abertas para as meninas”, reforçou.

Durante o evento, foram transmitidos vídeos de atividades realizadas nas regionais. A plateia de meninas e pesquisadoras teve intensa participação no evento, com relatos de experiências e perguntas ligadas ao segmento de ciência e tecnologia. Para assistir ao evento completo, acesse o YouTube do Canal Saúde

* Com fotos de Cristina Vicente

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