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Fiocruz se torna centro articulador da América Latina na The Global Health Network


01/12/2022

Hub Fiocruz The Global Health Network / Agência Fiocruz de Notícias

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Equipe de profissionais da Fiocruz se reúne para foto em frente a entrada da "The Global Health Network Conference"A parceria entre a Fiocruz e a Universidade de Oxford vem se expandindo desde 2019, quando foi assinado um Memorando de Entendimento para formalizar linhas concretas de colaboração. Com início na criação de um hub institucional na plataforma The Global Health Network (TGHN), agora a Fundação assume o papel de articulação de uma Rede Latino-americana de fortalecimento da pesquisa em saúde. O lançamento ocorreu durante a Conferência da TGHN, nos dias 24 e 25 de novembro, na Cidade do Cabo, na África do Sul, e contou com a participação da vice-presidente de Educação Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), Cristiani Machado, além de pesquisadores e da coordenação do Hub da Fundação.

Mudar o centro de liderança para o Sul Global era uma intenção antiga da diretora da TGHN, Trudie Lang. Assim, no esteio dessa colaboração, a Fiocruz foi convidada a ser a articuladora da rede regional, trabalhando com outras seis instituições para formar e expandir o trabalho dessa aliança. Argentina, Colômbia, Peru, Honduras e República Dominicana, além da própria TGHN, formam essa rede de cooperação que busca estabelecer a equidade entre quem produz e quem se beneficia dos resultados de estudos, fortalecendo capacidades de pesquisa e ciência de dados. O financiamento desse trabalho será da Fundação Bill e Melinda Gates e da Wellcome Trust. 

Além da Fiocruz, pelo Brasil, compõem a rede o Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária (Iecs), da Argentina; a Universidade do Vale, da Colômbia; o Instituto de Doenças Infecciosas e Parasitologia Antonio Vidal, de Honduras; a ONG Etikos, da República Dominicana; e a Universidade Caetano Heredia, do Peru. Junto à Rede Latino-americana, outras duas foram formadas: a Asiática, liderada pelo International Centre for Diarrhoeal Disease Research, Bangladesh (ICDDR,B), de Bangladesh, e a Africana, pelo Centro de Controle de Doenças da África, com sede na Etiópia.  

“É importante esse fortalecimento da capacidade de pesquisa e de gestão de dados no âmbito do Sul Global”, explicou Cristiani Machado. “Dentro do projeto, vamos organizar cursos, workshops, projetos-piloto de reuso de dados, além de compartilhar ferramentas e protocolos de pesquisa”, acrescentou.

Ciência Aberta regional

Na questão do ensino há uma ênfase na formação de jovens pesquisadores, tanto na capacitação para pesquisa quanto para o trabalho junto às comunidades, o que tem sido uma marca de vários projetos desenvolvidos pela Fiocruz. “A ideia é estruturar uma governança horizontal nesta rede regional com a formação de um comitê em que seu líder circule entre os demais membros”, explica Flávia Bueno, coordenadora-executiva de Projetos no Hub Fiocruz TGHN.

O projeto da rede regional tem dois componentes importantes: o fortalecimento de capacidades em pesquisa em saúde e em ciência de dados. A Ideia é que com o caminho das pesquisas mapeados, e os dados armazenados em plataformas seguras e com acesso controlado, estes possam ser acessados para responder a novas perguntas de pesquisa ou mesmo servir para inspirar outros pesquisadores, que poderão adaptar esses modelos às suas próprias necessidades. 

O estabelecimento da rede regional vem num momento em que a Fiocruz implementa sua política de gestão, compartilhamento e abertura de dados, aprovada pelo Conselho Deliberativo de 2020. “Hoje, a Fiocruz tem um Fórum de Ciência Aberta, com a representação de diversas instâncias das várias unidades. E o debate vem se expandindo”, conta Vanessa Jorge, coordenadora de Informação e Comunicação da Vpeic/Fiocruz. “E essa possibilidade de troca, de aprendizado e também de apoio, levando nosso conhecimento para os parceiros, vai ser muito rica para pensar numa Ciência Aberta regional, baseada numa perspectiva do Sul”, acrescenta.

A Fiocruz também teve outros representantes durante a conferência na Cidade do Cabo.

Leia a matéria completa na Agência Fiocruz de Notícias.

Crédito da foto: Twitter da Fiocruz

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