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Trocas e participação efetiva de pesquisadoras da Fiocruz marcam Imersão no Verão 2025


19/02/2025

Simone Kabarite

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Os cinco dias do evento Imersão no Verão foram de programação intensa e muito aprendizado para as 200 estudantes do ensino médio da rede pública do Rio que participaram da edição de 2025. Como nos outros anos, o Programa Mulheres e Meninas, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), abriu inscrições para pesquisadoras das unidades participarem, mas para essa edição buscou mudanças para promover maior interatividade.

Para a Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Cristiani Vieira Machado, o evento proporcionou uma oportunidade de conhecimento para as meninas, graças à boa adesão de profissionais da instituição de diversas áreas. “Elas puderam ter atividades conjuntas, inserção também em grupos de pesquisa, em laboratórios, e ver como  se desenvolvem atividades de pesquisa em diferentes campos do conhecimento relacionados à saúde. Nós estamos muito felizes, a mobilização das pesquisadoras das diversas unidades da Fiocruz foi incrível”, declara.

Sobre a percepção do evento junto às alunas, ela destaca o entusiasmo graças à possibilidade de fazer experimentos, conhecer jogos educativos e explorar os espaços da Fiocruz. “Várias meninas deram depoimentos emocionantes sobre como isso impacta a vida delas e desperta novos interesses na ciência. Ver mulheres bem sucedidas, que escolheram a sua profissão e que são felizes, também é importante como incentivo a essas jovens para continuarem nos estudos, correrem atrás de oportunidades, lutarem pelos seus direitos e conseguirem fazer o que sonham”, avalia.

Foto: Diego Leorne  / Farmanguinhos

“Neste ano, conseguimos envolver vários grupos de alunas simultaneamente nas atividades que ocorreram no Rio. Dos laboratórios às salas de aula, buscamos atividades interativas, houve muita troca acadêmica e debates com jovens estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado da Fiocruz”, aponta Cristina Araripe, coordenadora do Programa Mulheres e Meninas.

Ela reforça o papel da Fiocruz no fomento da participação feminina na ciência. “Pelo sexto ano, a Fiocruz abriu suas portas para receber 200 estudantes das escolas públicas que não têm acesso e oportunidade para vivenciar a vida de laboratório, o cotidiano das pesquisadoras e a pesquisa científica em saúde que é produzida pela nossa instituição. Sinto que tivemos informação de sobra, e foi possível proporcionar às meninas novas experiências. Queremos que elas voltem!”.

Transformação e oportunidade

Há seis edições do Imersão no Verão que a pesquisadora Mychelle Alves, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), recebe alunas no Laboratório de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes, onde é chefe. Doutora em engenharia de processos químicos e bioquímicos, Mychelle considera o Programa uma oportunidade para as alunas conhecerem as diversas áreas da ciência, bem como trajetórias e exemplos que possam inspirar o futuro.  “Eu sou muito fã desse Programa, porque já fui uma dessas meninas, mas, na minha época, não tive a chance de saber mais sobre a área. Eu acredito que ter uma referência é muito importante. Não necessariamente como uma mulher negra, mas como uma mulher periférica, de origem pobre e de escola pública. Acho que pode ajuda-las a pensar: ´Eu consigo conquistar esse lugar, esse espaço”, aponta.

A educação e o campo da informação têm sido ferramentas fundamentais para alcançar meninas que desconhecem as possibilidades de carreiras científicas e de acesso às universidades. Participante da segunda edição do evento do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência da Fiocruz, em 2020, a estudante de Enfermagem, Maria Eduarda Bento Sampaio, relembra como o evento foi o ponto de partida para novas possibilidades e um novo mundo que se descortinaram naquele momento.  “Na minha memória, não é como se tivesse passado só dois dias na Fiocruz. Eu pude conhecer tanta gente e ter acesso a tanta informação diferente que é como se eu tivesse passado quase metade de uma vida ali naquele espaço. Foi algo transformador, porque mudou a minha perspectiva de vida, possibilitou vislumbrar novas possibilidades, fez com que eu criasse novas amizades e tivesse essas pessoas comigo até hoje”, afirmou.

Conheça a história de Eduarda Bento
Veja o que dizem pesquisadoras da Fiocruz
 

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