12/02/2025
Vinícius Monteiro
Mesa de abertura contou com a presença do presidente da Fiocruz
“Para além das nossas instalações físicas, a Fiocruz é uma instituição da luta. Isso faz parte do nosso cotidiano. Nós temos que vergar essa estrutura de poder, essas normas sociais que colocam mulheres num plano inferior aos homens. Não podemos pensar num país mais justo sem resolver essa questão histórica, que passa por questões sociais e raciais também. Essa é a nossa luta. Essa é a luta da Fiocruz”, declarou o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, na mesa de abertura oficial do evento Imersão no Verão 2025, realizado pelo Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência (11/2).
Foto: Cris Vicente
A mesa contou ainda com a participação da Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Cristiani Vieira Machado; da Coordenadora de Divulgação Científica e do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, Cristina Araripe; da Coordenadora do Comitê de Pró-Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa), Hilda Gomes; e da coordenadora do Comitê de Pró-Equidade de Gênero, Mychelle Alves.
A Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) Cristiani Vieira Machado destacou o histórico do Programa e a oportunidade das alunas conhecerem as várias frentes de atuação da Fiocruz. "Vocês vão ter acesso a uma diversidade de atividades científicas em vários campos diferentes. A Fiocruz atua desde a pesquisa básica, até em ciências humanas e sociais em saúde, em informação e comunicação, desenvolvimento tecnológico, produção de vacinas e medicamentos. Isso possibilita compreender a dinâmica de como a ciência é produzida, e ver possibilidades de inserção na área", apontou.
Cristina Araripe saudou os participante da mesa, as trabalhadoras da Fiocruz atuantes no Programa e destacou que ainda há muito a fazer no país em termos de políticas públicas para as mulheres. " Eu estou engajada nessa frente que é um dois eixos estruturantes do Programa, que é ter mais meninas na ciência", afirmou. Para ela, a participação de meninas egressas de outras edições do evento é um dos motivos de maior alegria. " Eu gostaria de registrar que todas essas meninas estão cursando universidades. Isso é muito bom, porque mostra que, muitas vezes, lá atrás, na adolescência, a gente tem dúvidas, hesita, mas quando segue não tem retorno. E isso que é a luta das mulheres", destacou.
Na sequência, foi exibido o vídeo-documentário sobre o Programa Mulheres e Meninas na Ciência da Fiocruz, que aborda a atuação e os desafios de fomentar a participação feminina em carreiras científicas. A direção do documentário é das pesquisadoras Beatris Duqueviz e Daniela Muzi. Dando continuidade à programação, foi a vez da roda de conversa “Conquistas e desafios do Mais Meninas na Ciência: inclusão, diversidade e interseccionalidade”, com a presença das pesquisadoras Juliana Krapp (Icict), Juliana Manzoni (COC), Maria Aparecida dos Santos (Ensp) e Mychelle Alves (INCQS).
Na parte da tarde, o Programa levou as estudantes para conhecer um pouco mais a história da instituição, patrimônio da sociedade brasileira. Para isso, as meninas participaram da tradicional visita ao Castelo Mourisco, símbolo da Fundação e ícone da ciência e da arquitetura nacionais, e ao Museu da Vida, espaço que promove atividades durante todo o ano nos campos da educação, cultura e divulgação científica.
Assista a íntegra do evento no canal oficial da Fiocruz no YouTube
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