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Boletim traz análises socioepidemiológicas sobre a Covid-19 nas favelas

Segundo boletim epidemiológico de Covid-19 nas favelas [1]
Realizado pela Fiocruz, o 2° Boletim Socioepidemiológico Covid-19 nas Favelas mostra que o contexto de baixa testagem para Covid-19 no município do Rio de Janeiro ainda é uma realidade. A maior frequência de casos da doença foi observada nos bairros sem favelas e de baixa concentração destas. O estudo analisou os dados oficiais disponibilizados pela prefeitura de 22 de junho a 28 de setembro.

Segundo a análise, os bairros com alta e altíssima concentração de favelas apresentaram no total 2.529 casos de Covid-19 (5% do total do município) e 111 óbitos (6% do total do município) pela doença. A iniciativa tem como objetivo analisar a Covid-19 nas favelas do Rio do Janeiro, abordando indicadores como frequência, incidência, mortalidade e letalidade por sexo, raça/cor e idade. 

Em julho e agosto, os bairros que apresentaram as maiores taxas de incidência foram Centro, Joá, Bonsucesso, Gávea, Humaitá, São Cristóvão, Vista Alegre e Praça da Bandeira. Apesar de serem classificados com baixa concentração de favelas, os bairros da zona Oeste, em especial Campo Grande, Bangu, Realengo e Santa Cruz, concentraram a maior frequência de óbitos. As maiores taxas de letalidade foram observadas em Barra de Guaratiba (16,67%), Senador Camará (12,05%), Vila Militar (11,11%), Cosmos (11,03%) e Santíssimo (10,7%).

A taxa de incidência e taxa de mortalidade por raça/cor foi cerca de duas vezes maior na população negra do que na população branca nos bairros sem favelas. Nesse sentido, mesmo em áreas onde há o predomínio da população branca, quem mais adoece e morre são os negros. "A melhora observada no preenchimento do campo raça/cor foi fundamental para a elaboração dessas análises", explica o pesquisador da Fiocruz André Perisse, um dos coordenadores do estudo.

Em relação à idade, o risco de adoecer por Covid-19 começou a aumentar a partir dos 40 anos. "O risco de morrer por Covid-19 apresentou redução em todo município. Contudo, continua sendo maior em pessoas de mais de 60 anos”, observou a pesquisadora da Fiocruz Jussara Angelo, que também coordenou o estudo.

A pesquisa observou um atraso expressivo nas notificações por Covid-19 no município do Rio de Janeiro. Isso levou os pesquisadores a questionarem como tem sido feito o trabalho de vigilância epidemiológica do município e das instituições de governo, no que se refere à publicização e acesso à informação em saúde. A sanitarista Bianca Leandro, que integrou o estudo, destacou que, diante de uma emergência sanitária, a disponibilidade da informação deve ser feita o mais rápido possível para que possa subsidiar estratégias de controle para a doença e a tomada de decisão.

Sala de Situação Covid-19 nas favelas

O Boletim Socioepidemiológico Covid-19 nas Favelas [1] é elaborado integrando dados oficiais do Painel da Prefeitura, dados dos painéis das unidades de saúde, dados populacionais e cartográficos obtidos no Instituto Pereira Passos e do jornal comunitário Voz das Comunidades. A pesquisa conta também com narrativas de interlocutores do território que, através de suas experiências de vida e trabalho em diferentes regiões da cidade, colaboraram com a produção do material. 

O Boletim é um produto da Sala de Situação Covid-19 nas Favelas, vinculada ao Observatório Covid-19 da Fiocruz [2]. A Sala tem diversos objetivos, tais como a produção de informação para apoiar o monitoramento epidemiológico e social da Covid-19 em favelas, inicialmente na cidade do Rio de Janeiro. 

De acordo com dados do Censo 2010, estima-se que 22% dos habitantes do município do Rio de Janeiro moram em áreas de favelas. Para entender a distribuição da Covid-19 na cidade, construiu-se uma tipologia urbana, cuja classificação dividiu os bairros em cinco áreas: sem favelas, concentração baixa, concentração mediana, concentração alta e concentração altíssima.

Observatório Covid-19 [2]
Rede CoVida lança jogos educativos sobre o novo coronavírus [3]
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Covid-19: Fiocruz AM publica nota técnica sobre a situação epidemiológica do estado [5]
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Agência Fiocruz de Notícias [7]
Peso: 
1
Data de publicação: 
sexta-feira, 13 Novembro, 2020
Crédito: 
Por: Regina Castro (CCS/Fiocruz)
Editoria: 
Pesquisa [8]
Publicações [9]
Unidade: 
Coordenação de Comunicação Social (CCS) [10]
Testeira 120 anos?: 
Não
É importada?: 
Não
Data orignal: 
sexta-feira, 13 Novembro, 2020
Exibir na página: 
Observatório Covid-19
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Links
[1] https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/boletim2_covid19_favelas.pdf
[2] https://portal.fiocruz.br/observatorio-covid-19
[3] https://portal.fiocruz.br/noticia/rede-covida-lanca-jogos-educativos-sobre-o-novo-coronavirus
[4] https://portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-inicia-testes-com-bcg-em-profissionais-de-saude-do-rio-de-janeiro
[5] https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-fiocruz-am-publica-nota-tecnica-sobre-situacao-epidemiologica-do-estado
[6] https://portal.fiocruz.br/se-liga-no-corona
[7] https://agencia.fiocruz.br/
[8] https://portal.fiocruz.br/noticias-editorias/pesquisa
[9] https://portal.fiocruz.br/noticias-editorias/publicacoes
[10] https://portal.fiocruz.br/unidades-e-setores/coordenadoria-de-comunicacao-social-ccs