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Segurança pública é garantia de acesso a direitos

Foto da advogada Luciana Boiteux no seminário

27/10/2016

Por: Luiza Gomes e Tatiane Vargas*

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O Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Ensp), em parceria com a Coordenadoria de Cooperação Social da Fiocruz e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Ensp), realizou, nos dias 18 e 19 de outubro, o seminário Cooperação e construção de conhecimento em territórios marcados pela violência. O encontro contou com a participação da professora da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luciana Boiteux, que ressaltou, em sua fala, ser a segurança pública a garantia de acesso a direitos; porém, atualmente, é vista como exclusão de direitos. Durante o evento, também foi lançado o livro ‘Saúde e Segurança Pública: desafios em territórios marcados pela violência’, organizado por Leonardo Brasil Bueno, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e membros da Coordenadoria de Cooperação Social da Fiocruz. A publicação é uma contribuição para o aprofundamento de reflexões que orientem o debate a respeito de saúde e segurança pública na instituição, em diálogo com o Estado e a sociedade civil.

O coordenador da Cooperação Social na Fiocruz, Leonídio Madureira, e o diretor de Recursos Humanos (Direh/Fiocruz), Juliano Lima, formaram a mesa de abertura do encontro. Conforme destacou Leonídio, a Fiocruz parte de um conceito ampliado de saúde, que vai além do paradigma saúde-doença. “Vivemos, hoje em dia, um contexto de violação de direitos, principalmente dos grupos mais vulnerabilizados, como a população do território de Manguinhos, por exemplo. Então, falar em saúde hoje é falar em um contexto de violação de direitos. Mas sabemos que é possível ter uma política de segurança pública que preserve a vida e garanta direitos a toda a sociedade”, destacou ele.

Juliano Lima reforçou que é fundamental promover essa reflexão, pois o tema da violência está colocado na ordem do dia no Brasil e no mundo. “Em territórios vulnerabilizados, a violência se dá num impacto muito maior que em outros locais. A Fiocruz é uma instituição de elevada reputação científica, e nos propomos a construir conhecimento, porém com envolvimento e participação do nosso entorno. Isso, por si só, já é uma inovação. Estamos sempre buscando pensar nosso trabalho inserido no contexto em que vivemos, envolvendo o trabalhador nessa discussão e pensando verdadeiramente nosso papel”, defendeu o diretor da Direh.

Leia a cobertura completa do seminário no Informe Ensp.

*Luiza Gomes é jornalista da Assessoria de Cooperação Social da Fiocruz.
*Tatiane Vargas é jornalista da Coordenação de Comunicação Institucional da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

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