30/03/2020
Fonte: IRR/Fiocruz Minas
Diante da pandemia de Covid-19, um dos problemas que vêm sendo enfrentados pelo sistema de saúde é a falta de equipamentos de proteção individual (EPI’s), usados pelas pessoas que estão na linha de frente de combate à doença, como médicos e enfermeiros. Para contribuir com a superação desse obstáculo, um grupo de profissionais que trabalha com a impressão 3D, em Belo Horizonte, está usando essa tecnologia para produzir protetores faciais. A equipe que atua na Plataforma de Impressão 3D da Fiocruz Minas aderiu à iniciativa e está fornecendo uma das partes que compõem a peça.
“A ideia de nos unirmos à causa veio a partir da solicitação de uma iniciativa coordenada pela Trem Maker – organização que atua dentro da perspectiva faça você mesmo-, depois que uma empresa tcheca de tecnologia 3D -a Prusa- publicou, de forma gratuita, um arquivo de impressão dando permissão para o uso. A peça já foi validada em hospitais de vários países que estão enfrentando a epidemia”, explica o pesquisador Rubens do Monte, coordenador da PLUMMA-3D, PLataforma Unificada de Prototipagem e Manufatura Aditiva da Fiocruz Minas.
A distribuição do produto no Brasil está em consonância com uma Resolução da Anvisa publicada recentemente, dispensando temporariamente a necessidade de autorização de funcionamento de empresa para o fornecimento de dispositivos médicos, como EPIs. Os protetores vão ser fornecidos para hospitais de Minas Gerais, entre eles o Hospital das Clínicas, Eduardo de Menezes e Risoleta Neves, em Belo Horizonte, e ainda de cidades como Boa Esperança e Santa Rita, que já fizeram a solicitação.
Além da equipe da Fiocruz Minas, a iniciativa conta com a participação de pesquisadores, professores e alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do laboratório aberto Idea Real, e de outras instituições, como o Cefet e Coltec. O coordenador da Plataforma 3D da Fiocruz Minas destaca que profissionais que trabalhem com essa tecnologia e possam se unir ao grupo serão bem-vindos.
Para fortalecer a causa, a Rede de Plataformas Tecnológicas da Fiocruz comprou o PETG, matéria-prima necessária para impressão dos protetores. Além disso, a empresa 3D Lab, fabricante do material, doou parte da produção como apoio à iniciativa. Da mesma forma, a APUBH, sindicato dos professores da UFMG, está contribuindo com a compra de insumos para produção dos escudos e ajuda na logística.
“Nossas impressoras têm capacidade para imprimir seis peças por dia, devido ao tempo necessário para a impressão. Por isso, a necessidade de que mais impressoras estejam produzindo, para que seja possível atender à demanda dos hospitais”, afirma.
Aqueles que têm acesso a impressoras 3D tenham interesse em contribuir com a iniciativa podem entrar com contato por meio do WhatsApp:
https://chat.whatsapp.com/BeiGFQWyRGnDbnVnweLp5H
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