27/03/2020
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
A Fundação iniciou a construção, no Rio de Janeiro, do Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 – Instituto Nacional de Infectologia, que auxiliará os governos estadual e municipal no combate à doença. A unidade hospitalar de montagem rápida terá 200 leitos exclusivos de tratamento intensivo e semi-intensivo de pacientes graves infectados pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).
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Feita em parceria com o Ministério da Saúde (MS), a iniciativa contará também com um sistema de apoio diagnóstico para todos os exames necessários, incluindo os de imagem, como tomografia computadorizada. Os leitos serão coordenados pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), unidade de referência da Fundação na área de pesquisas clínicas e atenção especializada em doenças infecciosas, e que já atua também como referência para o atendimento a pacientes graves de Covid-19.
O Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 – Instituto Nacional de Infectologia contará ainda com uma força de trabalho extra. A Fiotec convocará profissionais para trabalhar na nova iniciativa. Nesta primeira fase, serão cerca de 600 vagas para médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. Em um segundo momento, serão convocados também nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e especialistas como cardiologistas e nefrologistas, e profissionais de apoio administrativo.
A unidade hospitalar de montagem rápida terá 200 leitos exclusivos de tratamento intensivo e semi-intensivo de pacientes graves infectados pelo novo coronavírus (foto: Divulgação Fiocruz)
No novo espaço, também serão realizadas ações do ensaio clínico Solidariedade (Solidarity), da Organização Mundial da Saúde (OMS), liderado no Brasil pela Fiocruz. Lançada pela OMS na última sexta-feira (20/3), a iniciativa tem como objetivo investigar a eficácia de quatro tratamentos para a Covid-19 e será implementada em 18 hospitais de 12 estados, com o apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) do MS e coordenação do INI/Fiocruz. O estudo Solidarity é uma conjugação de esforços em todo o mundo, para dar uma resposta rápida sobre que medicamentos são eficazes no tratamento da Covid-19 e quais são ineficazes e não devem ser utilizados.
Para cumprir o prazo, o canteiro de obras funcionará 24 horas por dia (foto: Divulgação Fiocruz)
Apesar de ter quatro linhas de tratamento definidas, uma das premissas do estudo é que ele seja adaptável, ou seja, caso surjam novas evidências, as linhas podem ser adequadas, com descontinuação de drogas que se mostrem ineficazes e incorporação de medicamentos que venham a se mostrar promissores. Nesse tipo de estudo, uma comissão central tem acesso a todos os dados e faz análises durante todo o processo, evitando que os pacientes sejam expostos a drogas ineficazes ou com toxicidade elevada.
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