08/03/2023
VPAAPS/Fiocruz
O Projeto “Saúde Única no Pantanal: participação da sociedade na vigilância de emergência de zoonoses como efeito pós-incêndios no território e formação de estratégias integradas de prevenção e controle” é um dos projetos apoiados pelo edital Territórios Sustentáveis e Saudáveis no contexto da Pandemia de Covid-19, parceria INOVA/PITSS (Programa Institucional Territórios Sustentáveis e Saudáveis).
Coordenado pela pesquisadora da Fiocruz Marcia Chame, o projeto tem por objetivo fortalecer a vigilância de zoonoses, integrando a participação das comunidades no monitoramento de animais, uso de boas práticas em saúde e conservação da biodiversidade nas decisões para a sustentabilidade do território por meio do Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo).
O sistema permite que os registros feitos pelas comunidades locais e profissionais de saúde, além de outros setores da sociedade, gere alertas sobre a saúde de animais silvestres. Essa integração com a comunidade contribui com a mobilização dos serviços responsáveis pela investigação e coleta de amostras biológicas de animais que aparecem mortos ou debilitados, permitindo antecipar emergências de zoonoses a nível local.
O projeto também visa constituir e integrar parcerias internas e de diversos setores regionais e nacionais para ampliar e consolidar a rede participativa de vigilância de emergência de zoonoses e, a partir dela, identificar fatores, patógenos e áreas prioritárias para ações de prevenção e controle precoce, para subsidiar políticas públicas integradas entre saúde, ambiente e planejamento territorial, apoiando ações estratégicas definidas pela Fiocruz no mais amplo conceito de “Saúde Única”.
No final de fevereiro e início de março (23 a 28 de fevereiro e 1º de março), a equipe do (PITSS) acompanhou atividades do projeto em duas terras indígenas (TI) localizadas no Pantanal Mato-Grossense: TI Perigara do povo Bororo e TI Baía dos Guató, do povo Guató. O Pantanal é uma área estratégica para a vigilância, pois reúne populações tradicionais, indígenas e quilombolas que são vulnerabilizadas, intensa e extensa alteração ambiental, além da fronteira seca com países da América do Sul.
As atividades foram realizadas por equipe multidisciplinar composta por biólogos, veterinários e cientistas sociais, com objetivo de contribuir com a formação da comunidade para estruturação de uma rede formativa de conhecimento e saberes das relações da saúde silvestre com a humana. A partir disso, a rede pretende a construção de cenários, fatores e áreas de risco de emergência de zoonoses na região do Pantanal.
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