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Pesquisador da Fiocruz recebe medalha da Bélgica


14/12/2022

Elisandra Galvão (VPPCB/Fiocruz)

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O pesquisador Wim Degrave, da Rede de Plataformas Tecnológicas da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), recebeu a medalha Cavalheiro da Ordem da Coroa pelo trabalho científico realizado há mais de três décadas na Fiocruz e pela promoção de cooperações internacionais com a Bélgica. A solenidade de entrega ocorreu no dia 25 de novembro, no prédio central do Jardim Botânico, e foi organizada pelo Consulado belga. No evento, além das autoridades consulares, estiveram presentes Pedro Burger e a Lúcia Marques, ambos do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz).  


Pesquisador Wim Degrave recebeu a medalha Cavalheiro da Ordem da Coroa pelo trabalho científico realizado há mais de três décadas na Fiocruz (foto: Divulgação)

A medalha foi entregue pelo embaixador, Peter Claes, e pelo cônsul geral da Bélgica, Daniel Dargent. Para essa ocasião também foi organizada uma exposição sobre a viagem científica do botânico belga Jean Massart ao Brasil. “Várias pessoas do Brasil indicaram meu nome para ser agraciado com esta medalha, tanto pelo trabalho aqui como pelas contribuições para as cooperações internacionais e, principalmente, com a Bélgica nos trabalhos científicos”, conta Wim. “Fiquei feliz e é bonito como homenagem. Esta medalha, que é uma honraria do rei belga, é voltada para reconhecer méritos industrias e científicos”, complementa.  

Visita da representação diplomática 

Na véspera da solenidade (24/12), o vice-presidente de Produção e Inovação, Marco Krieger, recebeu na Fundação a delegação diplomática da Bélgica do Brasil, composta por Peter Claes, Daniel Dargent e Brent Van Tassel, cônsul geral adjunto. Também vieram, representando a cooperação com regiões da Bélgica, Rodrigo dos Santos, conselheiro econômico da Valônia – Agência de Exportação e Investimento Estrangeiro da Valônia  (AWEX); Dieter Poleyn, conselheiro econômico de Bruxelas-Capital –  Agência de Bruxelas para Apoio às Empresas (Hub Brussels); e Klara Dreze, estagiária no Consulado da Bélgica no Rio de Janeiro. Esta comitiva visitou também o Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). 

A finalidade do encontro na instituição foi reforçar as parceiras em pesquisa, desenvolvimento e inovação, o intercâmbio com estudantes de pós-graduação e pesquisadores, e outras trocas científicas nas áreas de microeletrônica em saúde  − com o Centro Interuniversitário de Microeletrônica (IMEC Bélgica), em pesquisas na Antártica, na medicina regenerativa, no estudo de biodiversidade e na saúde única, e no campo das tecnologias verdes para preservação ambiental. Também foi assinalada a possibilidade de trabalhos entre empresas emergentes – startups – belgas e brasileiras.

Os laços empresariais, comerciais e técnico-científicos entre o Brasil e a Bélgica começaram a se desenvolver a partir da década de 1920, quando o Rei Albert I e a Rainha Elizabeth visitaram a instituição. Nas últimas décadas tem se destacado as cooperações industriais e os intercâmbios de pesquisa entre os dois países. Em 2010, a Fiocruz recepcionou o então príncipe, e hoje rei, Philippe Léopold e sua esposa Mathilde d’Udekem d’Acoz, em missão de seu país para ampliar aqueles laços e celebrar os 25 anos da parceria do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) com a companhia farmacêutica multinacional GlaxoSmithKline, que tem um centro voltado para pesquisa e desenvolvimento na área de vacinas na Bélgica. 

Trajetória de Wim Degrave

Nasceu em Diksmuide (Bélgica). Tem graduação em química pela Universidade de Gent, também naquele país. É mestre em bioquímica e realizou o doutorado no Laboratório de Biologia Molecular, na mesma universidade. Fez seu pós-doutorado no Instituto Pasteur (França). Atua como assessor da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas, coordenador do projeto Fiocruz na Antártica (FioAntar), e presidente da Comissão de Biossegurança e Bioproteção da Fiocruz. Integra também diversos comitês, grupos de trabalho interministeriais e a Comissão de Biossegurança do Ministério da Saúde.  

Em 1985, sequenciou fragmentos de mitocôndrias de Trypanosoma cruzi, indiretamente em colaboração com a Fiocruz. Ainda naquele ano, iniciou seu trabalho na Fundação como pesquisador visitante do CNPq. Ainda na instituição se dedicou ao desenvolvimento de testes de diagnóstico moleculares para a doença de chagas e leishmaniose. Nos anos 1990, iniciou a síntese de oligonucleotídeos no Brasil, o sequenciamento genômico automatizado e a produção de insumos para biotecnologia. Participou da formação de Redes de Cooperação Internacionais: Projeto Genoma de Trypanosoma cruzi (OMS/TDR); Projetos Cyted de cooperação Espanha – América Latina; Rede Latina-Americana e do Caribe de Bioinformática; Cooperação Brasil – Rede de Institutos Pasteur. Entre 2001 e 2014, liderou o Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Insumos para a Saúde (PDTIS), a Rede de Plataformas Tecnológicas da Fiocruz e o Programa de Pesquisa Translacional. Colaborou com a Gestão Tecnológica da Fiocruz e promoveu diversas colaborações com instituições na Bélgica. 

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