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Fiocruz participa de dia D de Vacinação neste sábado (17/10)

Criança tomando vacina

16/10/2020

Por: Aline Câmera (Agência Fiocruz de Notícias) e Paulo Encarnação (Bio-Manguinhos/Fiocruz)

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Lançada no início do mês pelo Ministério da Saúde (MS), a Campanha Nacional de Multivacinação terá, neste sábado (17/10), o seu dia D de Vacinação. A Fiocruz integrará a mobilização junto com mais de 40 mil postos de vacinação em todo o país. No campus de Manguinhos, serão oferecidas 18 vacinas. Diante da pandemia de Covid-19, este ano, as atividades culturais do Fiocruz pra Você (que tradicionalmente marcam a data há mais de 25 anos) foram suspensas e os protocolos de segurança reforçados, com distribuição de máscaras e álcool em gel nas portarias da Fundação. 

Além de conscientizar a população sobre a importância da imunização na prevenção de diversas doenças, o Dia D visa promover a atualização das cadernetas de vacinação não apenas de crianças e adolescentes, mas também de adultos (até 49 anos) no caso do sarampo e da febre amarela em localidades específicas. Na Fiocruz, a imunização acontecerá, de 8h às 17h, em uma tenda montada próximo à Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz). Os moradores da região também poderão se vacinar na Clínica da Família Victor Valla. 

Em sua coletiva de anúncio da Campanha, o Ministério da Saúde informou a necessidade de cerca de 11 milhões de crianças de um ano a menores de 5 anos de idade serem vacinadas com a vacina poliomielite oral, desde que já tenham recebido as três doses da vacina poliomielite inativada. O MS espera vacinar pelo menos 95% das crianças. A Campanha Nacional de Multivacinação vai até o dia 30 de outubro.

O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1990. Em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas. Desde então, o país tem trabalhado para atingir a meta dos indicadores preconizados pelo Ministério da Saúde para manter o país livre da doença. 

Segundo a pasta, “as coberturas vacinais municipais ainda são heterogêneas e pode levar a formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando a reintrodução do poliovírus. Dessa forma, a campanha se justifica para reduzir os bolsões de não vacinados e proteger a população contra a doença. Atualmente, no cenário global da poliomielite, existem dois países endêmicos (Paquistão e Afeganistão). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 1º de janeiro a 29 de setembro de 2020, apresentam 121 casos registrados, sendo 47 no Afeganistão e 74 no Paquistão”.

Sarampo já infectou quase 8 mil brasileiros em 2020

No Brasil, entre as semanas epidemiológicas 01 a 37 de 2020 (de 29 de dezembro de 2019 a 12 de setembro de 2020), foram confirmados 7.939 casos de sarampo, e ainda estavam em investigação 618. Os registros ocorreram em 21 unidades da federação. Destas, 16 interromperam a cadeia de transmissão do vírus e cinco mantêm o surto ativo: Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Amapá. São os mesmos cinco estados que concentram 97,1% dos casos: 7.712. Dos 7 óbitos por sarampo, cinco ocorreram no Pará, um no Rio de Janeiro e um em São Paulo.

Febre amarela circulou recentemente no Sul do país

O número de macacos mortos por febre amarela em Santa Catarina chegava a 86 em 2020, de acordo com boletim epidemiológico divulgado em 23/9 pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), segundo a qual "o vírus continua circulando no Estado". Em humanos, 17 casos de já foram registrados em 2020, onde duas pessoas morreram. Uma em Indaial e uma em Camboriú. No Paraná, boletim epidemiológico publicado em 10 de junho pela Secretaria de Saúde estadual informava novos casos de mortes de macacos contaminados pelo vírus da febre amarela. As epizootias foram registradas em municípios que fazem parte das Regionais de Saúde de União da Vitória e de Pato Branco. Entre julho de 2019 e 5 de junho de 2020, foram 298 mortes confirmadas de macacos contaminados pela febre amarela. Não havia confirmação de casos em humanos no período.

Bio-Manguinhos/Fiocruz fornece vacinas para a campanha nacional

Através do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a Fiocruz intensificou a produção de vacinas mesmo diante do cenário da pandemia da Covid-19 e a garantia de fornecimento para que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde possa obter êxito em suas metas de cobertura vacinal na Campanha de Multivacinação 2020.

Em todo o ano de 2020, Bio-Manguinhos fornecerá ao PNI mais de 100 milhões de doses - das quais cerca de 80 milhões já foram entregues - das vacinas que compõem seu portfólio: poliomielite oral, poliomielite inativada, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetravalente viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), febre amarela, rotavírus e pneumocócica. Em resposta às situações epidemiológicas mais críticas, as vacinas de febre amarela, poliomielite e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) somam cerca de 63 milhões de doses fornecidas. 

Veja abaixo a lista completa das vacinas: 

BCG, hepatite B, hepatite A, poliomielite (VIP), pneumocócica 10 Valente, pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e poliomielite), meningocócica C (conjugada), DTP, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), varicela monovalente, febre amarela, influenza (gripe), raiva humana, dupla adulto (DT) e DTPA adulto, HPV quadrivalente, meningocócica ACWY e Vacina Oral Poliomielite (VOP). 

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