Cebes, UFRJ e Fiocruz se reúnem com secretária de Meio Ambiente e Clima da Cidade do Rio de Janeiro

No dia 22 de março, o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, a Escola de Enfermagem Anna Neri/UFRJ, o Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da ENSP/Fiocruz, a Cooperação Social da Presidência/Fiocruz e a Coordenação de Promoção da Saúde da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) estiveram reunidos com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro. 

A reunião foi motivada pelo movimento de organização de conferências livres de saúde, que buscam amplificar o debate e fortalecer linhas temáticas e participação popular e democrática na 17ª Conferência Nacional de Saúde. Apresentou-se uma agenda de Conferências Livres já pactuadas: Pessoas com Deficiência (26/04), Saúde da População Negra (13/05), Envelhecimento (27/05) e Favelas e Periferias (03/06), que articulam transversalmente questões de justiça ambiental e mudanças climáticas.

Mais especificamente, dialogou sobre a organização da Conferência Livre de Saúde Urbana, Direito à Cidade e Promoção da Saúde, que objetiva, a partir das experiências vividas nos territórios, construir um processo de engajamento e de elaboração democrática, crítica e participativa de estratégias que invistam na promoção da saúde e da qualidade de vida, transformando a realidade das comunidades. 

Durante o encontro, a sinergia de propósitos e de linhas de trabalho mostrou-se bastante ampla, envolvendo a preocupação com o acesso ao saneamento e à água de qualidade e seus efeitos na garantia da saúde, a necessidade de aprofundar o debate sobre o plano diretor e as mudanças climáticas, a educação socioambiental, as políticas de renda e de saúde dos catadores de recicláveis e a construção de estratégias e soluções territorializadas para garantia da capilaridade e implementação efetivas das políticas públicas.

Assim, para potencializar projetos já existentes e ampliar as possibilidades de trabalho conjunto pela melhoria da qualidade de vida da população da cidade do Rio de Janeiro, em especial a mais vulnerabilizada, propôs a criação de um Grupo de Trabalho, cujo movimento inicial é recolocar o debate sobre a notificação de doenças de veiculação hídrica e reorganizar as evidências do impacto da existência de estruturas adequadas de drenagem e do acesso ao saneamento e à água de qualidade na saúde.