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Boletim InfoGripe alerta para o crescimento de casos e mortes por SRAG no país


03/12/2020

Por: Regina Castro (CCS/Fiocruz)

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O Boletim InfoGripe da Fiocruz, referente à Semana Epidemiológica 48 (22 a 28 de novembro)  alerta que a ocorrência de casos e de óbitos por Sindrome Respiratória Aguda (SRAG) e por Covid-19 no país está muito alta e encontra-se na zona de risco. Entre os resultados positivos para os vírus respiratórios, cerca de 97,7% são em consequência do novo coronavirus.

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, chama a atenção para o fato de que a atualização dos dados indica retomada do crescimento. Treze capitais brasileiras apresentam sinal moderado (probabilidade > 75%) ou forte (probabilidade > 95%) de crescimento na tendência de longo prazo (seis semanas) até a semana 48. Apenas cinco capitais apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. Diante desse cenário, o pesquisador ressalta que é fundamental a necessidade de redobrar os cuidados em dezembro.

“O registro de crescimento que vem se observando em todo o território nacional durante o mês de novembro sugere a necessidade de cuidado redobrado ao longo do mês de dezembro. Ações de conscientização e prevenção devem ser tomadas para evitar que as tradicionais aglomerações no comércio e nas celebrações de fim de ano agravem o quadro atual” destaca Gomes.

Em apenas cinco das 27 unidades federativas observa-se tendência de longo (seis semanas) e curto prazo (três semanas) com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde. Nos demais 22 estados -  Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul -  há pelo menos uma macrorregião estadual com tendência de curto e/ou longo prazo com sinal moderado (probabilidade > 75%) ou forte (probabilidade > 95%) de crescimento.

Mapa do Brasil

Capitais

Campo Grande, Curitiba, Goiânia, Maceió, Palmas e Salvador apresentaram sinal forte (prob. > 95%) de crescimento na tendência de longo prazo. Belo Horizonte, Cuiabá, Manaus, Região de Saúde Central do DF (plano piloto de Brasília e arredores), Rio de Janeiro, São Luís e São Paulo apresentaram sinal moderado (prob. > 75%) de crescimento na tendência de longo prazo. Teresina apresenta sinal moderado (prob. > 75%) de crescimento apenas na tendência de curto prazo (três meses).

Dessas capitais, Maceió, Rio de Janeiro, São Luís e São Paulo indicam cerca de seis semanas consecutivas com sinal de crescimento, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba e Região de Saúde Central do DF nas últimas quatro. Vitória retornou à situação de estabilidade. A curva de novos casos das últimas semanas sugere que a capital capixaba encontra-se em situação de oscilação.

Entre as capitais com sinal de estabilidade, a análise destaca necessidade de atenção particular em Boa Vista, Belém, Fortaleza, João Pessoa, Porto Velho e Rio Branco. A preocupação é porque essa situação ocorre após recente aumento de casos, sem ter havido redução. Florianópolis, que apresentou sinal moderado de queda (prob. > 75%) na última semana, ainda encontra-se em patamar de casos semanais similar ao observado durante o pico de julho. Conforme descrito nos boletins anteriores, a tendência reportada para Cuiabá não é confiável, uma vez que se observou grande diferença entre os dados de SRAG do estado reportados no Sivep-gripe, utilizados pelo InfoGripe, e aqueles reportados no sistema próprio do estado, com grande subnotificação no SIVEP-gripe. 

Unidades federativas

Em apenas 5 das 27 unidades federativas observa-se tendência de longo e curto prazo com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde. Nos demais 22 estados, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul há ao menos uma macrorregião estadual com tendência de curto e/ou longo prazo com sinal moderado (probabilidade > 75%) ou forte (probabilidade > 95%) de crescimento.

Acesse o informe.

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