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Leptospirose é tema de oficina do IOC no Acre


20/05/2024

Maíra Menezes* (IOC/Fiocruz)

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Uma tecnologia social desenvolvida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) dá os primeiros passos para contribuir com a conscientização sobre a leptospirose no Acre.  

Em diálogo com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS), o projeto ‘Expresso Chagas Leptospirose’ será implementado em Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá. 

De 13 a 15 de maio, foi realizada a ‘Oficina de Formação de Agentes e Pesquisadores Populares de Saúde – Cruzeiro do Sul’, para preparar uma equipe local para atuar no projeto. Durante três dias, cerca de 30 profissionais de saúde foram qualificados para atuar como multiplicadores da iniciativa. 


Com atividades de ciência e arte e cartografia social, oficina capacitou equipe local para atuar no Expresso Chagas Leptospirose. Foto: Rita Rocha/Laboratório de Inovação em Terapias, Ensino e Bioprodutos/IOC/Fiocruz

O Expresso Chagas Leptospirose é coordenado pelo IOC em colaboração com a Fiocruz Brasília, como primeira iniciativa de um projeto conjunto intitulado “Expresso Chagas: Brasil saudável e sustentável”.  

A ação tem parceria de Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cruzeiro do Sul, Instituto Federal do Acre (Ifac), Universidade Federal do Acre (Ufac), Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A capacitação foi realizada nas instalações da Universidade Aberta do Brasil de Cruzeiro do Sul (UAB).  

A iniciativa conta com financiamento de emenda parlamentar do deputado federal André Figueiredo (PDT-CE).   

A diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge; o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto, Paulo D’Andrea; e o coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz Brasília, Wagner Martins, coordenaram as atividades. 


Tania Araujo-Jorge destacou potencial da metodologia para promover a conscientização sobre aspectos biológicos e determinantes sociais das doenças. Foto: Marcos Santos/Secom/Governo do Acre

Enquanto tecnologia social, o Expresso Chagas tem por base técnicas e processos adaptáveis, criados com o propósito de oferecer respostas para um problema de saúde com forte determinação social, levando em consideração fatores como simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social.  

A iniciativa ‘Expresso Chagas’ foi co-criada pela equipe do Laboratório de Inovação em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC com a Associação Rio Chagas [confira resultados publicados em artigo científico].  

Com formato de expedição itinerante, o projeto apresenta atividades de ciência e arte por meio de oficinas, jogos, práticas de laboratório e rodas de conversa, com foco em promover a conscientização sobre aspectos biológicos e determinantes sociais das doenças.  

A ação no Acre agregou ao Expresso Chagas, pela primeira vez, a tecnologia de cartografia social desenvolvida pela Fiocruz Brasília com populações de territórios vulneráveis. 


Oficina reuniu cerca de 30 profissionais na Universidade Aberta do Brasil de Cruzeiro do Sul. Foto: Marcos Santos/Secom/Governo do Acre

A oficina de formação da equipe local é a primeira etapa do projeto. O objetivo é formar profissionais do município e do estado para mediar e implementar as atividades, contribuindo para adaptar o projeto à realidade local e, nesse caso, ao tema da leptospirose, grave problema de saúde no Acre.  

O projeto começou em 2019, a partir da demanda de portadores e afetados pela doença de Chagas para ampliar o alerta sobre o agravo em áreas endêmicas.  

Desde então, o Expresso Chagas passou por sete cidades em Minas GeraisCeará e Goiás, além do Rio de Janeiro.  

A expedição do Expresso Chagas Leptospirose em Cruzeiro do Sul tem participação de pesquisadores e estudantes de dois laboratórios e de três programas de pós-graduação do IOC.  

São eles: os Laboratórios de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos e de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios e os Programas de Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde, Medicina Tropical e Ensino em Biociências e Saúde. 

* Edição: Raquel Aguiar

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