Fiocruz recebe parceiros da The Global Health Network da Universidade de Oxford

Uma comitiva do Reino Unido esteve na Fiocruz (5/2) para uma reunião sobre a The Global Health Network América Latina e Caribe (TGHN LAC). O consórcio tem apoio da Wellcome Trust e os seguintes parceiros de países da América Latina e do Caribe: a Fiocruz no Brasil, o Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria (Iecs) da Argentina, o Instituto de Enfermedades Infecciosas y Parasitologia Antonio Vidal de Honduras, a Universidad Peruana Cayetano Heredia (UPCH) do Peru, a Fundación Etikos da República Dominicana, a Universidad del Valle da Colômbia (UdV), além da The Global Health Network (TGHN), vinculada à Universidade de Oxford.  

Comitiva do Reino Unido esteve na Fiocruz para uma reunião sobre a The Global Health Network América Latina e Caribe (foto: Pedro Paulo Gonçalves)

A diretora da The Global Health Network, Trudie Lang, e o gerente sênior de operações da TGHN, Liam Boggs, reuniram-se com a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), Cristiani Machado, a coordenadora de Informação e Comunicação, Vanessa Jorge, o coordenador do programa de computação científica (Procc/Fiocruz), Ernesto Caffarena, o pesquisador do Procc/Fiocruz, Marcelo Gomes, e outros membros da equipe do projeto. Esta foi a primeira de uma série de reuniões em 2024 de Trudie e Liam com parceiros da TGHN LAC. 

Visita ao Vacina Maré 

Pela manhã, a comitiva conheceu o trabalho do Pathfinder Vacina Maré durante encontro com a equipe do Vacina Maré e da Redes da Maré. Em seguida, o grupo visitou espaços dentro da Maré que fazem parte das Redes da Maré como o Prédio da Saúde, Espaço Normal - Espaço de Referência Sobre Drogas na Maré e o Espaço da Rede de Inovação Tecnológica da Maré (Ritma), onde são feitas oficinas durante todo o ano de capacitação para conserto de celulares/smartphones.  

Para Trudie Lang, iniciativas como a da Vacina Maré devem ser divulgadas em todo o mundo. “Devemos aproveitar, por exemplo, a experiência do Romário (membro da equipe da Redes da Maré), que hoje trabalha com ciência de dados usando o REDCap e divulgar um exemplo de seu trabalho cotidiano para que outros jovens (como ele) possam aprender e se motivar a estudar pesquisa, que não deve ser restrita apenas a acadêmicos” comentou a diretora da TGHN. 

Planejamento da The Global Health Network LAC 

Durante a tarde, o grupo se reuniu e falou sobre os resultados do projeto A New Ecosystem for Health Research and Data Science, apoiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, recentemente finalizado pela equipe da Vpeic/Fiocruz. Vanessa Jorge e a coordenadora de dados da TGHN Fiocruz, Larissa Pruner, mostraram as principais entregas e produtos desenvolvidos ao longo de 2023, entre eles as parcerias com as equipes dos projetos para realização dos chamados Pathfinders Vacina Maré e Nascer no Brasil II. 

No mesmo evento, Trudie apresentou a governança da TGHN e reforçou a importância do protagonismo de todas as instituições membros do consórcio TGHN LAC. Como próximos passos, a diretora ressaltou a importância do Hub da América Latina crescer. “A TGHN LAC deve ter recursos de muitos países e passar a trocar de forma intensa com as áreas da TGHN que já existem na Ásia e na África”, explicou Lang.  

Estratégia do PROCC para América Latina e Caribe na TGHN 

Marcelo Gomes apresentou aos parceiros algumas iniciativas do Procc/Fiocruz. Ele mostrou que os pesquisadores do Procc/Fiocruz atuam como professores em diferentes programas de pós-graduação e destacou algumas iniciativas como InfoDengue, InfoGripe, modelagem molecular e CabGen que podem enriquecer as trocas entre pesquisadores de outras partes da América Latina e do Caribe. “Esta é uma oportunidade de trocar com pessoas de outras partes da América Latina e do Caribe e mostrar o que já fazemos, mas também aprender com nossos parceiros”, comentou Marcelo.  

Desafio 1000 

Ao final do encontro, Trudie mostrou o 1000 Challenge (Desafio 1000). “O Desafio 1000 tem a intenção de tornar a pesquisa em saúde menos hierárquica e mais acessível a grupos de enfermeiros, parteiras, agentes de saúde e outros membros, sobre qualquer assunto que eles achem importantes”, ressaltou a diretora que citou exemplos como a capacitação de enfermeiros no Quénia e no Nepal.  

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