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SNCT: segundo dia do evento destaca as pesquisas genéticas

Estudantes vendo a atividade

21/10/2022

SNCT/Fiocruz

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No segundo dia da SNCT na Fiocruz com atividades abertas ao grande público, foi a vez de conversar de forma descomplicada sobre a importância do estudo da genética em vários níveis. Esse foi um dos temas debatidos no evento, dentre muitos outros que apareceram nas cerca de 50 atividades realizadas na quarta-feira (19/10).

Na atividade Supercomputadores em Ação na Saúde, promovida pela Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), foi possível aprender um pouco do funcionamento do supercomputador da Fiocruz, responsável pelo mapeamento do código genético da Covid-19. O tempo recorde de menos de 48 horas para descobrir a origem do vírus deu visibilidade internacional aos pesquisadores brasileiros.

O equipamento possui capacidade de armazenamento de 800 Terabytes e está disponível para todas as instituições públicas. Rafael Ferreira, farmacêutico responsável pela plataforma de bioinformática, convida todos os alunos e pesquisadores das instituições públicas a utilizarem o equipamento. “Esse é um computador adquirido pela comunidade científica e para a comunidade científica. Então, a gente vai estar aqui a disposição de todos para ajudar vocês nos trabalhos científicos que demandem alto poder computacional”.

Na atividade Peixes Ninjas: como sobreviver em ambientes cronicamente poluídos?, promovida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), houve um exemplo prático de como o estudo da genética pode contribuir em diversas pesquisas. Neste estande, os visitantes puderam ver, em pequenos aquários, alguns peixes que vivem no rio Faria-Timbó, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Esses peixes sobrevivem em um ambiente de extrema poluição passando por alterações no seu metabolismo e nas bactérias que compõem sua microbiota. Eles são chamados de “peixes ninja”.

A partir dos resultados obtidos pela análise genética desses animais, foi observada uma enorme diferença entre os tipos de bactérias dos peixes que vivem e dos que não vivem em ambientes poluídos. As bactérias dos peixes que vivem fora da poluição, os peixes saudáveis, podem ser nocivas para humanos, chegando a ser causadoras de câncer. Já as bactérias dos peixes que nadam em água poluídas, os peixes ninjas, não prejudicam a saúde do nosso organismo: elas são exclusivamente voltadas para a poluição do meio ambiente. Por conta disso, os peixes ninja têm sido usados em pesquisas para a prevenção, tratamento e cura do câncer.

Duas professoras que visitavam a Tenda SNCT contaram um pouco sobre suas experiências enquanto educadoras que levam alunos para o evento. Isabel M. Santos, professora de Geografia, disse  que o evento é “bastante instrutivo, bem dinâmico e ajuda a abrir os horizontes das crianças para eles entenderem como são construídos esses conhecimentos”. A professora Aira Bruno conta que os alunos gostaram muito, foram bastante participativos, curiosos e interagiram bastante nas brincadeiras que costumam ser oferecidas em cada estande. “A gente faz jogos na escola, mas estar aqui é muito diferente. É enriquecedor”, diz.

A SNCT tem atividades para todos os públicos. Um exemplo foi a realização do bate-papo Infecções e vacinação durante a gravidez, promovido pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). Médico e professor da unidade da Fundação, Francisco Paumgartten apresentou a alunos e pesquisadores temas relacionados a sua pesquisa sobre problemas que os bebês adquirem durante a gravidez. Ele explica que o índice de vacinação tem reduzido significativamente nos últimos anos e que as consequências são exposições à doença prejudiciais à saúde dos bebês.

Quando uma pessoa decide não vacinar seu filho contra o sarampo, ela não está vacinando também contra a rubéola, porque o imunizante para essas doenças são dados em uma dose chamada tríplice viral. Embora a Rubéola seja uma doença que não causa danos à saúde na fase adulta, uma mulher não vacinada na infância, ao engravidar, pode acabar prejudicando a saúde do bebê. Paumgartten alertou para cuidados na prevenção de infecções a fim de reduzir os riscos durante a gestação: tomar vacinas antes da gravidez, na infância, adolescência e fase adulta. Durante a gestação, tomar apenas as vacinas permitidas para grávidas.

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