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Rio +20: coleções biológicas da Fiocruz são apresentadas ao público

18/06/2012

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“Biodiversidade” é uma das expressões-chave na Rio+20. Mas ela não habita apenas as mesas de debate. No Armazém Pop Ciência, evento paralelo à conferência, o público pode conhecer uma ação concreta pela preservação da variedade de organismos vivos no planeta: as coleções biológicas da Fiocruz. Iniciativa que remonta às famosas expedições científicas do começo do século 20, as coleções são um dos destaques no estande do Ministério da Saúde.

Elas representam conjuntos de organismos, organizados de modo a fornecer informações sobre a procedência, a coleta e a identificação de cada um de seus espécimes. Há quase um século, os pesquisadores da Fiocruz coletam e organizam essas coleções, com exemplares de diversas partes do país. Nesse tipo peculiar de acervo, há bactérias que vivem na Mata Atlântica, cepas de Leptospira, protozoários obtidos de pacientes e de animais silvestres, fungos isolados na Amazônia brasileira e cerca de 5 milhões de exemplares referentes a quase todas as ordens recentes de insetos conhecidas – só para citar alguns exemplos. A variedade das coleções, afinal, é enorme.

“Esses centros depositários abrigam não só os espécimes coletados e estudados, mas também as informações associadas aos indivíduos e às populações de cada espécie”, descreve a pesquisadora Manuela da Silva, responsável pela gestão das coleções na Fiocruz. “São fundamentais para garantir a preservação da biodiversidade e dos recursos genéticos. Esta biodiversidade pode ser preservada viva, como no caso das coleções microbiológicas, ou morta, como nas coleções zoológicas e botânicas.”

Insumos para vacinas

As informações dos exemplares mantidos nas coleções, quando associadas a dados climáticos e meteorológicos, são fundamentais para desvendar a vida no passado e no presente do planeta, bem como para projetar cenários futuros. “E também ajudam no entendimento de padrões de mudanças da biodiversidade e de seus impactos na sociedade, decorrentes da dinâmica dos sistemas naturais ou de intervenções humanas sobre o ambiente. Um exemplo é o entendimento do potencial impacto de queimadas e da liberação de organismos geneticamente modificados no ambiente”, explica Manuela.

Além disso, os recursos genéticos mantidos pelas coleções da Fiocruz são bioprospectados e usados na produção de insumos para diagnóstico, vacinas e medicamentos, dando suporte à inovação biotecnológica na área da saúde. E ainda desempenham papel importante para a saúde pública, a agropecuária e outros setores econômicos. A partir da modelagem de dados biológicos relacionados com outros dados ambientais, é possível prever o aparecimento e o alastramento de pragas agrícolas, de doenças humanas e animais, o que possibilita uma maior eficácia nas ações de combate a epidemias.

“A maioria das coleções biológicas da Fiocruz é constituída por material oriundo das pesquisas realizadas pelos laboratórios onde estão localizadas. Mas as coleções também recebem depósitos externos, ou seja, feitos por outros pesquisadores, da própria instituição ou de outras, nacionais ou internacionais, que querem ter este material mantido e preservado com segurança”, conta Manuela. Como a maior parte do material biológico das coleções Fiocruz é único – ou seja, só se mantém depositado neste espaço -, a Fundação recebe consultas de diversos países do mundo.

Armazém Pop Ciência
De 13 a 22 de junho, das 9h às 18h
Local: Armazém 4 do Cais do Porto – Av. Rodrigues Alves, s/n – Centro – Rio de Janeiro
 

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