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Fiocruz lamenta morte do ex-ministro Euclides Scalco


17/03/2021

Por: Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)

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A Presidência da Fiocruz lamenta profundamente o falecimento, nesta terça-feira (16/3), em Curitiba, do ex-ministro e ex-deputado federal Euclides Scalco, aos 88 anos. Um dos fundadores do MDB, no período militar, e do PSDB, na redemocratização, Scalco teve uma participação fundamental na Assembleia Nacional Constituinte de 1987-88, em que defendeu, e ajudou a aprovar, propostas que levaram à organização do Sistema Único de Saúde (SUS). Parceiro do movimento sanitário, Scalco foi um importante e constante interlocutor do ex-presidente da Fiocruz Sergio Arouca.

Para o sociólogo Arlindo Fábio Gómez de Sousa, que foi vice-presidente e chefe de Gabinete da Fiocruz, Euclides Scalco foi um parlamentar com extrema sensibilidade para as questões sociais. “Na época da Assembleia Nacional Constituinte havia um grupo de parlamentares que, de alguma maneira, dava continuidade aos trabalhos da 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986. Entre eles estava Euclides Scalco. Por sua capacidade de diálogo e compreensão da problemática social da população ele sabia a necessidade de o país ter um sistema de saúde forte que atendesse aos desafios nacionais. Ao seu lado, naquelas lutas, estiveram Almir Gabriel, Carlos Sant’anna e outros, de diferentes partidos e tendências. Scalco deu grande contribuição à discussão e à conquista daquilo que está hoje no texto constitucional em relação à assistência, à previdência e à saúde”.

Gómez, que fez parte do comitê assessor da 8ª Conferência Nacional de Saúde, observa que Scalco foi um político muito respeitado e com grande trânsito. “Ele tinha conhecimento de que aquelas propostas, caso tivessem sido encampadas por apenas uma corrente, não teriam tanto êxito. Scalco tinha uma ampla capacidade de contato com múltiplas lideranças e mostrou uma intensa e produtiva participação no debates da Assembleia Constituinte, tanto os sociais e quanto os econômicos”.

Scalco foi vereador e prefeito de Francisco Beltrão (PR) e eleito deputado federal pelo Paraná três vezes. Também foi chefe da Casa Civil e ex-presidente da Itaipu Binacional no governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele morreu em razão de complicações relacionadas a um acidente vascular cerebral (AVC). Scalco estava com a saúde debilitada há alguns meses e testou positivo para a Covid-19 na última semana. Não houve velório e o corpo foi cremado à tarde. Ele deixou viúva, Terezinha Marcolin Scalco, que também contraiu Covid, quatro filhos, sete netos e cinco bisnetos.

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