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Fiocruz inicia terceira turma do Curso de Atualização em Boas Práticas de Manipulação de Alimentos


18/09/2019

Por:Juliana Xavier (Cogepe/Fiocruz)

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Teve início, no dia 11/9, a terceira edição do Curso de Atualização em Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, parceria entre o Programa Fiocruz Saudável (PFS), Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe/Fiocruz) e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Para esta turma, foram oferecidas 31 vagas para os públicos interno e externo da Fiocruz. Para a mesa de abertura foram convidados o Vice-diretor de Ensino e Formação da EPSJV, Carlos Mauricio Barreto, Alexandre Pessoa, Coordenador do Laboratório de Educação Profissional e Vigilância em Saúde (Lavsa/EPSJV), Wanessa Natividade, Coordenadora do curso, do Núcleo de Alimentação, Saúde e Ambiente (Nasa/CST) e Conselheira do Conselho Regional de Nutrição do Rio de Janeiro e Espírito Santo (CRN4) e Sônia Gertner, Coordenadora da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe) e do PFS.

Carlos Mauricio Barreto iniciou sua fala enfatizando o momento de grande alegria sempre que a instituição inicia um curso. “Não há nenhuma condição externa que nos impeça de continuar lutando para realizar um projeto de educação em que a gente acredita e esse projeto precisa, cada vez mais, ser inclusivo, abrangente e que ultrapasse as fronteiras da instituição técnica. É importante que vocês entendam que tudo o que vocês aprenderem aqui pode e deve ser compartilhado e posto em prática lá fora”. Alexandre Pessoa destacou que a terceira edição do curso vem para mostrar a importância que ele traz para o currículo dos manipuladores de alimentos e a grande e constante demanda por ele. “Estamos na terceira edição desse curso, que é fruto de uma ação interunidades, ou seja, não é uma iniciativa de uma ou outra unidade, mas sim de toda Fiocruz, o que traz um peso maior para quem está aqui tendo a oportunidade de aprender com uma equipe multidisciplinar, que conta com assistente social, engenheiro e técnico de segurança do trabalho, ergonomistas, farmacêutico, médico do trabalho, nutricionistas e psicóloga”, salientou.

A Coordenadora da CST/Cogepe, Sônia Gertner, frisou a importância da educação e da constante atualização dos profissionais. “O curso está aí para ser uma troca entre alunos e professores e essa troca é extremamente rica para todos os envolvidos, inclusive para o curso em si, que a cada edição aperfeiçoa sua grade curricular”. Wanessa Natividade destacou o protagonismo que os alunos terão no curso, enfatizando que os professores não são detentores do saber, mas que esse conhecimento é compartilhado entre todos. “O objetivo do curso é que tenhamos, cada vez mais, profissionais capacitados nessa área de manipulação, área essa que é extremamente necessária para a nossa saúde pública. A possibilidade de fornecer, de forma gratuita, 31 vagas em um curso que conta com essa multiplicidade de saberes, é uma grande conquista não só para a instituição, mas para toda a população que terá o privilégio de consumir os alimentos produzidos por vocês. Esperamos que vocês tragam a problematização que enfrentam diariamente em seu ambiente de trabalho para as aulas e compartilhem conosco suas experiencias e vivências, só assim seremos capazes de estar sempre aperfeiçoando essa disciplina”, finalizou a Coordenadora do curso.

Após a mesa de abertura, Aline Borges, Coordenadora da Vigilância de Alimentos da Prefeitura do Rio de Janeiro, explicou a importância do cuidado na manipulação de alimentos, destacando o grande problema encontrado no município do Rio de Janeiro: as subnotificações. “As pessoas se perguntam muito como identificamos um surto de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), bem o surto de DTHA é definido como um incidente em que duas ou mais pessoas apresentam sintomas semelhantes após a ingestão de um mesmo alimento ou água. Para que a vigilância identifique esse surto é extremamente importante que as pessoas o notifiquem e, se pensarmos que, em dois anos, tivemos apenas a constatação de 80 surtos no município do RJ, fica claro o quanto subnotificado ele é”, alertou.

Finalizando a tarde de aprendizado, Eduardo Laviola, Inspetor de Saúde Pública do Município do Rio de Janeiro, ressaltou a importância da capacitação em manipulação de alimentos. “Não basta ser cozinheiro, ajudante de cozinha ou chef, o mais importante é entender a nossa responsabilidade na produção de alimentos. E vocês, manipuladores, são a alma dessa responsabilidade. Não só de se responsabilizar, mas também de construir, nesse ambiente, um ambiente seguro para essa manipulação”. Eduardo finalizou sua aula com uma provocação acerca da importância de cursos com essa temática, para ele os manipuladores de alimentos precisam de mais capacitação, não somente de cursos, mas possivelmente educação superior como, pós-graduação.

Também estiveram presentes no evento os coordenadores do curso, Lásaro Linhares Stephanelli e Taisa de Carvalho Souza Machado e Lucina Matos, chefe de gabinete da Cogepe.

Curso está em sua terceira edição

Na oportunidade, Wanessa Natividade deu um panorama histórico do curso, que surgiu a partir de visitas técnicas realizadas nos restaurantes e lanchonetes da Fiocruz. “Tudo começou quando cheguei na Fiocruz para desenvolver um projeto de avaliação dos restaurantes da Fundação, juntamente com a Thais Esteves, essa avaliação acontecia a partir de visitas técnicas aos estabelecimentos, foram essas visitas que nos fizeram perceber que  não adiantava fornecer apenas um laudo para os gestores e fiscais dos contratos, pois não estávamos em contato com os manipuladores de alimentos, que são os agentes modificadores daquele cenário. Então começamos a pensar em como chegar nesse público através do aperfeiçoamento e ele deveria ser nos moldes da vigilância sanitária, da saúde do trabalhador e da vigilância em saúde ambiental. Desenvolvemos o projeto desse curso, que foi aprovado pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz, culminando no que é hoje. Nossa primeira edição teve um caráter de focar somente no público interno, mas foi tão bem-sucedido que abrimos a segunda turma no mesmo ano, essa para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explicou Wanessa. 

O Curso de Atualização em Boas Práticas de Manipulação de Alimentos faz parte do Programa Fiocruz Saudável, que tem como objetivo integrar as dimensões de saúde do trabalhador, biossegurança e gestão ambiental para desenvolver ações concretas que resultem na melhoria da qualidade de vida e de trabalho da comunidade Fiocruz. Para cumprir esses objetivos, o Programa desenvolve ações que incentivam a participação dos trabalhadores em ações e estratégias que visam a promoção da saúde do trabalhador, bem como, a diminuição de riscos à saúde e redução do impacto ambiental gerado pelas atividades da instituição.

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