15/10/2021
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
A Fiocruz tem acompanhado diversos projetos candidatos para o tratamento da Covid-19. Os projetos enviados à Fundação passam por avaliação de uma comissão técnica criada para essa finalidade, com o objetivo de avaliar os resultados preliminares e a tecnologia de produção.
No caso do antiviral Molnupiravir, a Fiocruz, por meio de seu Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), está em diálogo avançado com a farmacêutica americana MSD (Merck Sharp & Dohme) para definir a melhor forma de acesso à população brasileira e um modelo de cooperação técnica.
As negociações entre a Fiocruz e a MSD incluem a possibilidade de estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras infecções virais, como dengue e chikungunya.
Atualmente, estão em andamento dois estudos globais de fase 3 de Molnupiravir:
• O primeiro estudo clínico global multicêntrico, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo (MK-4482-002), mais adiantado, tinha previsão de conclusão prevista para novembro de 2021, mas seu recrutamento foi interrompido no dia 1º de outubro, por recomendação de um Comitê de Monitoramento de Dados independente, já que a análise interina demonstrou que molnupiravir reduziu em aproximadamente 50% o risco de hospitalização ou morte (objetivo primário do estudo). Com base nos dados de sequenciamento viral disponíveis (aproximadamente 40% dos participantes), molnupiravir demonstrou eficácia consistente nas variantes virais Gama, Delta e Mu.
• O segundo estudo (MK-4482-013), recém-iniciado, avalia o uso de molnupiravir como profilaxia pós-exposição (PEP) para evitar a transmissão da Covid-19 entre pessoas expostas ao vírus – ou seja, que residem com uma pessoa que testou positivo para Covid-19 na últimas 72 horas e apresenta pelo menos um sintoma associado à Covid-19, além de outros critérios específicos exigidos no protocolo de pesquisa.
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