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Dia Nacional da Segurança do Paciente: a importância da prática


01/04/2019

Por: Suely Amarante (IFF/Fiocruz)

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No dia 1º de abril se comemora o Dia Nacional da Segurança do Paciente. A celebração da data possibilita que todos os serviços de saúde possam desenvolver, localmente, ações que reforcem a prática da segurança do paciente, profissionais e ambientes de assistência à saúde.  As iniciativas visam contribuir para a minimização de riscos e danos ao paciente, refletindo na melhoria da atenção prestada nos serviços de saúde. Os incidentes associados aos cuidados de saúde representam uma elevada morbidade e mortalidade em todo o mundo. Por este motivo, e com o objetivo de conscientização geral em prol da segurança do paciente, o Ministério da Saúde implantou, em 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) que visa contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. 

Para que essa prática seja efetiva e consiga atingir os objetivos propostos pelo PNSP, é preciso prevenir e melhorar os resultados adversos aos pacientes, reduzindo, ao máximo, os riscos de danos desnecessários associados ao cuidado de saúde. Segundo Claudia Tavares Regadas, membro do Núcleo de Qualidade, Gestão de Risco e Segurança do Paciente (Qualiseris) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), isso envolve um comprometimento e qualificação das instituições de saúde e dos seus profissionais. “A segurança não é atributo de uma pessoa, equipamento ou setor do hospital. Sua melhoria depende do aprendizado que a instituição de saúde é capaz de obter e aplicar, decorrente da interação dos componentes do sistema”, justificou. 

O protagonismo dos profissionais e das equipes nos processos de qualificação do cuidado é um aspecto central do PNSP, que deve se articular às demais políticas públicas para garantir que as unidades de saúde possam dar novos passos, como a elaboração de planos locais de qualidade e segurança do paciente, com ações monitoradas por indicadores. “No IFF, a implantação de protocolos básicos de segurança do paciente que envolve: identificação do paciente, comunicação efetiva entre os profissionais de saúde, uso seguro de medicamentos, cirurgia segura, higienização das mãos, prevenção de lesão por úlcera de pressão e prevenção do risco de quedas, é prioridade. Essa ação é considerada estratégica para a minimização de eventos adversos evitáveis na assistência à saúde dos pacientes”, salientou Tavares. 

O desenvolvimento de estratégias para a segurança do paciente no Brasil depende do conhecimento e do cumprimento do conjunto de normas e regulamentos que regem o funcionamento dos estabelecimentos de saúde. Estudos apontam que situações que expõem pacientes a eventos adversos são alarmantes, no Rio de Janeiro, 7,6% dos pacientes internados sofrem eventos adversos por ano. “Trabalhamos diariamente no fortalecimento dessas ações. Em 2018, desenvolvemos a Política de Segurança do Paciente, além da construção de protocolos das metas inseridas na Política, que são trabalhadas nas equipes multiprofissionais. Atuamos também no monitoramento de ações voltadas à segurança do paciente e na realização de pesquisa de satisfação, canal de comunicação com o paciente, que acolhe a sua opinião sobre a assistência recebida no IFF. O objetivo é promover segurança do paciente e fortalecer a cultura da segurança institucional”, explicou Claudia. 

O PNSP no IFF 

Conscientes da necessidade de melhorar continuamente os processos assistenciais nas diversas Áreas de Atenção, a Gerência de Risco, Segurança do Paciente e Qualidade do IFF uniram seus esforços e passaram a atuar em um Núcleo de Qualidade, Segurança e Gerenciamento de Risco (Qualiseris), como instância promotora da qualidade e segurança do paciente.

O Núcleo fomenta a prevenção, controle e redução de falhas assistenciais, através do monitoramento sistemático dos riscos assistenciais e do compartilhamento do conhecimento dos seus atores. 

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