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Fiocruz e MDS iniciam projeto de combate à fome por meio de Cozinhas Solidárias 


25/09/2024

Angélica Almeida (Agenda de Saúde e Agroecologia/VPAAPS) 

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Representantes da Fiocruz e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) se reuniram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no dia 02 de setembro, para planejar as ações do projeto: “Desenvolvimento de ações de promoção da alimentação adequada e saudável”. 

Por meio do Termo de Execução Descentralizada nº003/2024, as instituições vão implementar, qualificar e avaliar ações de promoção da alimentação saudável, com destaque para o Programa Cozinha Solidária.  

De forma recente, as cozinhas solidárias foram incorporadas à agenda nacional de segurança alimentar e nutricional. Elas são fundamentais para tornar a alimentação acessível à população mais vulnerabilizada, ao lado de outros equipamentos, como bancos de alimentos e restaurantes populares. 

Apesar de a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) do IBGE mostrar, em 2024, avanços significativos no combate à fome, 8,7 milhões de pessoas ainda enfrentam esta realidade e 21,6 milhões estão em algum nível de insegurança alimentar no Brasil. Atuar para a redução das desigualdades e efetivação do direito à alimentação é uma prioridade. 

Para André Burigo da Agenda de Saúde e Agroecologia da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), a cooperação com o MDS é uma oportunidade de “contribuir com o avanço de políticas públicas que melhorem os índices de segurança alimentar e nutricional no nosso país”.  

Burigo também destaca que “os impactos da alimentação sobre a saúde são muito grandes”, inclusive há estudos que mostram que a maior taxa global de mortes está relacionada à má alimentação.  


Crédito: Sergio Velho Junior - Fiocruz Brasília 

“Desenvolvimento de ações de promoção da alimentação adequada e saudável”  

O projeto é organizado em quatro metas centrais que serão executadas entre 2024 e 2027: 

1) Realizar monitoramento e avaliação; processos formativos; e organização de eventos para qualificar o Programa Cozinha Solidária; 
2) Fomentar ações relacionadas à agricultura urbana e periurbana; 
3) Fomentar ações de promoção da alimentação adequada e saudável; 
4) Fomentar ações relacionadas aos equipamentos de segurança alimentar e nutricional. 

Natalia Tenuta da Agenda de Saúde e Agroecologia explica que as ações da Fiocruz estão relacionadas sobretudo à meta 1. As demais terão o apoio da instituição para fortalecer a atuação da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN/MDS). 

“A reunião permitiu ouvir as coordenações e equipes técnicas envolvidas, considerando expectativas e estratégias para a execução do projeto”, conta Natalia. 

Entre as ações previstas, estão: a realização de seminários anuais do Programa Cozinha Solidária; a construção conceitual e teórico-metodológica do modelo lógico das cozinhas solidárias; o mapeamento e caracterização das cozinhas solidárias para compreender o contexto, limites, alcances; bem como mapeamento de ações e processos educativos relacionados às cozinhas solidárias. 

 

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