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Documentário da ENSP/Fiocruz alerta para a violência política de gênero


09/09/2024

Danielle Monteiro (Informe Ensp)

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Como parte da programação do aniversário de 70 anos da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fioruz), ocorreu na última quarta-feira (4/9), o pré-lançamento do curta-metragem 'Nossas Lutas, Nossas vozes'. O documentário é fruto do projeto de pesquisa Violência Política de Gênero, discursos de ódio e desinformação em interface com a saúde, selecionado pelo Edital de Pesquisa 2021, lançado pela Vice-Direção de Pesquisa e Inovação da Ensp/Fiocruz, no âmbito do Programa de Fomento ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Aplicado à Saúde Pública.

 

A partir de entrevistas com figuras proeminentes, o filme aborda o fenômeno da violência política de gênero. A narrativa revela efeitos dessas violências na trajetória profissional e no cotidiano de lideranças políticas femininas, especialmente em sua saúde física e mental. Nossas lutas, nossas vozes traz um olhar crítico sobre as raízes dessa violência e fatores sociais que a perpetuam. Enquanto as entrevistadas compartilham suas histórias de vida, esperanças, planos e estratégias de enfrentamento, um novo projeto de sociedade justo e democrático se redesenha, demonstrando a força e a potência coletiva das mulheres.

“O filme traz um relato autêntico e emocionante de 11 lideranças políticas de diferentes partidos e regiões do país sobre um problema contundente dos parlamentos brasileiros, que é a violência política de gênero. É uma violência que se manifesta de diferentes formas: silenciamentos, impossibilidade de acesso a recursos, xingamentos, ameaças, e que tem o objetivo de dificultar e desencorajar a participação das mulheres na política do país”, disse a coordenadora da iniciativa e do projeto, Vera Marques.

Coordenador adjunto do projeto Violência Política de Gênero, discursos de ódio e desinformação em interface com a saúde, Adriano da Silva frisou a importância de se compreender os mecanismos sobre como essas violências são perpetradas a partir da desinformação, em discursos de ódio, tendo-se em vista o atual cenário tecnológico. “É importante também entender como essas violências acontecem no corpo partidário e quais são os seus desdobramentos na vida e no cotidiano de trabalho, principalmente, das mulheres e pessoas LGBTQIA+, atingidas e vitimizadas por esse fenômeno”, alertou.

Em breve, o curta será lançado, com debate e participação das entrevistadas.

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