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Wolbitos: liberações são iniciadas em Foz do Iguaçu e Londrina


30/08/2024

Alessandro Vieira (WMP Brasil)

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As liberações dos primeiros Wolbitos, como são chamados os Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, em Foz do Iguaçu e Londrina nas Regiões Oeste e Norte do Paraná, foram iniciadas na última segunda-feira (26/8). As solturas devem durar cerca de 20 semanas. Os Wolbitos chegam para reforçar o combate contra a dengue, zika e chikungunya. Por semana, estão previstas liberações de 1,3 milhão de mosquitos em Foz do Iguaçu e 3 milhões em Londrina. 

Método Wolbachia está presente em 14 países ao redor do mundo (foto: WMP Brasil)
 
 

De acordo com o Líder de Operações do WMP Brasil, Gabriel Sylvestre, “a ideia é que até o final deste ano seja realizada a liberação total dos mosquitos nos dois municípios. O objetivo é que em cerca de dois anos após o término das liberações nós tenhamos um resultado mais expressivo, para que haja a demonstração com todos os dados sobre a redução de arboviroses”. 

Atualmente, o Método Wolbachia está presente em 14 países ao redor do mundo. Foz do Iguaçu e Londrina encontram-se entre os seis novos municípios selecionados nesta etapa de expansão do Método em território nacional. Uberlândia (Minas Gerais), Presidente Prudente (São Paulo), Natal (Rio Grande do Norte) e Joinville (Santa Catarina) também fazem parte do projeto.

Para a seleção foram considerados municípios com mais de 100 mil habitantes responsáveis pela maior parte dos casos de arboviroses urbanas, o clima da região, o número de casos prováveis de dengue nos últimos 10 anos, a incidência de dengue nos últimos cinco anos, além de infraestrutura disponível para recebimento dos Wolbitos.

Pesquisadores inseriram a Wolbachia dentro do Aedes e perceberam que ela impede a replicação dos vírus (foto: WMP Brasil)

 

O Método Wolbachia é mais uma estratégia no combate à doenças como dengue, zika e chikungunya. Entre 50% e 60% dos insetos já têm a bactéria Wolbachia, que está presente na natureza. Como o Aedes Aegypti não tinha, os pesquisadores inseriram a Wolbachia dentro desse mosquito e perceberam que ela impede a replicação dos vírus, como por exemplo, o da dengue.

A iniciativa do World Mosquito Program (WMP) é conduzida no Brasil pela Fiocruz, com financiamento do Ministério da Saúde e em parceria com as prefeituras de Foz do Iguaçu e Londrina, Governo do Estado do Paraná e Itaipu Binacional.

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