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Revista Cadernos de Saúde Pública celebra quatro décadas


17/06/2024

Clara Rosa Guimarães (Cadernos de Saúde Pública)

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Capa da revista CSP mostra duas crianças pequenas brincando em uma bacia com águaEm junho, o Editorial foi assinado por Nísia Trindade Lima, ministra da Saúde. Em comemoração às quatro décadas do periódico, a Ministra compartilha suas percepções sobre a trajetória dos Cadernos de Saúde Pública (CSP). Valores, conquistas e visão para o futuro estiveram entre os assuntos lembrados pela Ministra. “Pela sua tradição de ser simultaneamente espaço acadêmico, lugar de afetos e tribuna, espero que Cadernos de Saúde Pública continue a nos trazer a inquietação necessária e quem sabe novos caminhos para a comunicação da ciência e mesmo para o fazer científico”, complementou Nísia.

A Revisão desta edição analisou estudos sobre a associação de listas de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) na prática clínica e os possíveis desfechos de saúde em idosos que são acompanhados na atenção primária à saúde (APS). Os resultados indicam que revisões farmacoterapêuticas baseadas nas listas de MPI levaram à redução do número de MPI e eventos adversos a medicamentos e, consequentemente, das prescrições potencialmente inadequadas em idosos polimedicados na APS.

O Ensaio de maio sistematiza uma trajetória profissional de experiências interdisciplinares, contribuições conceituais e movimentos de transição paradigmática em torno da análise e prevenção de acidentes e desastres nos últimos 40 anos. O autor observou que um desafio atual é o diálogo com sistemas de saberes e a produção de conhecimentos interdisciplinares, junto com movimentos sociais, de transição paradigmática e de emancipação. As considerações do manuscrito trazem recomendações de práticas de prevenção para minimizar crises ambientais, sanitárias, democráticas e civilizatórias.

O estudo O papel mediador da dependência de mídia social e da qualidade do sono na associação entre tempo de uso de mídia social e sintomas depressivos em universitários analisou mais de 2 mil universitários brasileiros, verificando que a dependência de mídias sociais e a qualidade do sono mediam a relação entre o tempo de uso destas redes e sintomas depressivos. Os achados indicam que 20% dessa associação se deve à dependência e 40% à qualidade do sono, destacando a necessidade de estratégias para reduzir o impacto negativo das mídias sociais na saúde mental e no sono dos jovens.

O artigo Insegurança alimentar no Brasil baseado em arranjos e características domiciliares de 2004 a 2022 analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e PNAD Contínua de 2004 a 2022, destacando que domicílios chefiados por mulheres são os mais vulneráveis. Os achados apontam como a pandemia e a recessão econômica impactaram negativamente, apesar de políticas de auxílio emergencial. Os autores indicam ações multissetoriais para o combate à insegurança alimentar e melhora do bem-estar humano.

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