09/05/2024
Fonte: Fiocruz Bahia
Um estudo analisou a resposta imune local e sistêmica na evolução da leishmaniose cutânea. A pesquisa, coordenada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia Edgar M. Carvalho, avaliou se a produção de citocinas, substância que media funções celulares, no sangue dos pacientes refletia o que foi documentado no local da lesão. O artigo foi publicado no periódico Pathogens.
O papel da resposta imune no desenvolvimento das lesões na leishmaniose tem sido bastante estudado, mas ainda existem lacunas nos resultados observados em laboratório para o manejo clínico da doença. A leishmaniose cutânea pode ser causada por mais de 10 espécies diferentes de parasitas do gênero Leishmania. Embora as lesões cutâneas causadas pelas diferentes espécies sejam semelhantes, o desenvolvimento delas pode ser bem diferente.
Participaram do estudo 22 pacientes com leishmaniose cutânea com diagnóstico positivo através de PCR. As citocinas foram testadas em células do sangue e biópsias de pele. Todas as avaliações imunológicas foram realizadas antes da terapia para tratamento da doença.
Os resultados indicaram que a resposta imune nas lesões por L. braziliensis é diferente da observada no sangue periférico. Os dados sugerem que, além das citocinas IL-1β e GzmB, a IL-17 participa da patologia da leishmaniose cutânea e pode ser utilizada como marcador de gravidade da doença.
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