22/05/2024
Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)
No Brasil para a reunião do Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação do G20, que acontece a partir do dia 22 em Recife, o diretor do Ministério de Ciência, Inovação e Tecnologia (DSIT) do Reino Unido, Adam Jackson, esteve na Fiocruz nesta terça-feira (21/5). Jackson veio para conhecer as prioridades da Fundação, bem como identificar potenciais áreas para a cooperação em inovação e pesquisa.
Adam Jackson veio para conhecer as prioridades da Fundação, bem como identificar potenciais áreas para a cooperação em inovação e pesquisa (foto: Divulgação)
A passagem pelo país foi acompanhada por algumas reuniões bilaterais para saber mais sobre o processo de inovação no Brasil, incluindo com a Fiocruz. “Estamos muito orgulhosos da colaboração entre o Brasil e o Reino Unido, incluindo durante a pandemia de Covid-19”, disse o diretor britânico após visitar o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). “Há tanta pesquisa incrível e instalações de produção aqui. E temos tantos desafios comuns. Então, podemos trabalhar juntos no futuro”, acrescentou.
Jackson chegou acompanhado por uma delegação de sete pessoas, incluindo o diretor para a América Latina da Rede Britânica de Ciência e Inovação, Rossa Commane, e foi recebido no Castelo Mourisco pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Marco Krieger. Em reunião no Castelo, acompanhado pelo diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Maurício Zuma Medeiros; pela chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Marilda Siqueira, que participou online; e por Fernando Couto Motta, do mesmo laboratório, Krieger deu uma breve explicação sobre o complexo ecossistema da Fiocruz, “que vai da pesquisa básica à produção de vacinas”, e seus múltiplos papéis, incluindo os dois hospitais no Rio de janeiro: o Centro Hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) e o hospital do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
“A inovação em saúde não é simples. É preciso infraestrutura, sistema e parcerias. É preciso preencher os gaps”, destacou Krieger, explicando que as parcerias da Fundação não se restringem a instituições brasileiras e lembrando que o apoio do Reino Unido foi muito importante durante a pandemia.
Marilda Siqueira, por sua vez, destacou não só o desempenho da Fiocruz durante a Covid-19, mas também a necessidade de uma vigilância contínua. “Não podemos parar, porque a Influenza é sempre um desafio, a Covid-19 é um desafio sempre. Precisamos continuar”, reforçou.
O grupo também se mostrou muito interessado em mudanças climáticas. A delegação britânica era composta ainda pela integrante do Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia, Jessica Longstaff; pela representante da equipe de Relações Bilaterais de Américas, Oriente Médio e África, Suzanne Burn; pela funcionária de Ciência e Inovação, Laura Flaquer Moreira; pela chefe de Ciência e Inovação no Brasil, Fernanda Hamilton; e pela gerente de Ciência Climática, Adriana Alcântara.
Pela Fiocruz, participaram ainda o chefe do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados, Felipe Naveca; o pesquisador da Fiocruz Bahia, Ricardo Khouri; o vice-diretor de Inovação de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Ricardo Godoi; a coordenadora de Relações Institucionais de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Denise Lobo; a assessora da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde, Sandra Soares; e a assessora do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), Ilka Maria Vilardo Montefinese.
Reunião em Recife
Do Rio, Adam Jackson ruma para Recife, onde começa nesta quarta-feira, dia 22, a 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação do G20. O GT conta com representantes de mais de 40 delegações, entre membros do G20, países convidados e organizações internacionais.
Durante três dias, eles vão discutir assuntos como democratização da ciência, preservação da Amazônia, biodiversidade, transição energética, controle de pandemias e políticas de promoção da diversidade, entre outros temas. O objetivo é chegar a uma proposta focada na inovação aberta, visando o desenvolvimento global justo e sustentável.
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