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Parque Nacional de Brasília poderá se tornar referência em banho de floresta


06/03/2024

Suzane Durães (Coordenação de Ambiente - VPAAPS/Fiocruz)

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Na manhã da terça-feira (06/03), representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Brasileiro de Ecopsicologia (IBE), Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SESDF), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Militar Ambiental, WWF-Brasil, estudantes de medicina e voluntários do parque estiveram reunidos no Parque Nacional de Brasília para debater o projeto de banho de floresta, fruto do acordo de parceria para pesquisa, desenvolvimento e inovação realizado entre a Fiocruz e o IBE. 

O projeto tem por objetivo sistematizar, gerar evidências sobre benefícios à saúde humana e incentivar a implementação de vivências de banho de floresta no Brasil, em áreas naturais públicas e privadas. A prática é inspirada no conceito “shinrin-yoku” utilizado pelo governo japonês na década de 1980, em estímulo à visitação pública de florestas.

“É importante refazer nossas relações, nossas percepções do que significa o mundo natural e o que significa uma relação saudável com o planeta. Neste sentido, o banho de floresta é um instrumento poderoso para gerar o que chamamos de experiências reconectivas que faz com que as pessoas descubram os vínculos com a natureza”, disse o presidente do IBE, Marcos Bilibio, ao explicar a importância do projeto. Marcos também propôs que o Parque Nacional de Brasília seja o primeiro parque referência na prática do banho de floresta. 

Segundo o coordenador de Saúde e Ambiente da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), Guilherme Franco Netto, a Fiocruz tem a missão de transformar o conhecimento em política pública. “Desta forma, esse projeto visa produzir conhecimentos e informações que possam subsidiar um debate para que o banho de floresta possa ser integrante das práticas ofertadas pelo SUS”, ressaltou Guilherme. 

A cooperação com o IBE está em andamento e tem objetivos a alcançar. “Um dos principais objetivos é estabelecer o caminho para que possamos realizar uma pesquisa pioneira e avaliar o impacto do banho de floresta na saúde das pessoas. Neste contexto, pensamos da possibilidade do Parque Nacional de Brasília ser o centro de experimentação dessa pesquisa. ”, destacou Guilherme.

A parceria com o Parque também inclui a capacitação de oito guias de banho de floresta. “Essa proposta é muito bem-vinda. Acredito muito na reintegração do ser humano com a natureza”, ressaltou a chefe do Parque Nacional de Brasília, Larissa Diehl. 

O próximo passo será a assinatura do acordo de cooperação com o parque, o WWF-Brasil e outras instituições. 

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