27/07/2018
Matheus Cruz (Agência Fiocruz de Notícias)
O primeiro dia (26/7) do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva foi recheado com participações do Brasil inteiro. Bahia, Curitiba e Minas Gerais foram apenas alguns dos estados que marcaram presença no evento. Com pouco mais de 200 atividades científicas em simultâneo nos 23 auditórios diferentes espalhados pelo campus de Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) durante todo o Abrascão 2018, o primeiro dia do evento foi bastante movimentado.
Para a doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Leticia Braga, natural de Minas Gerais, a apresentação de sua pesquisa num congresso tão grande e abrangente como o Abrascão é de suma importância tanto para sua área acadêmica quanto para sua pesquisa. A pesquisadora apresentou um recorte de um estudo nacional que objetivou avaliar comportamentos, atitudes, práticas e prevalência de HIV, Sífilis e Hepatite B e C em homens que fazem sexo com homens. “Ter a oportunidade de estar e divulgar nossos estudos num ambiente como este, em que a gente pode discutir e refletir com pessoas do país inteiro, inclusive com pessoas do próprio Ministério da Saúde também é ótimo. Temos o poder de construir e trazer estes resultados e ver o que podemos fazer, levando as discussões daqui como um ponto de partida”, enfatizou.
Já Nadia dos Santos, nutricionista de 28 anos que participa do Congresso pela segunda vez, elogia as abordagens interessantes que são apresentadas durante os quatro dias de evento e que são válidas para a nutrição. “Geralmente no cenário onde estou inserida, não tem tantas discussões com uma abrangência tão grande. Então, tenho me interessado cada vez mais pela área de saúde coletiva, e vejo que em eventos como o Abrascão, não é um, mas vários nomes que chegam com debates interessantes e que agregam à nossa formação”, destacou.
A nutricionista também comentou sobre a atual situação política do país, enfatizando ser um momento de reflexão, relacionando esse cenário com como o Congresso se faz importante para entender os obstáculos que profissionais da saúde enfrentam, e a melhor forma de combatê-los. “Este meio acadêmico traz experiências em saúde coletiva de outras localidades do país, e isso me dá uma bagagem grande para retornar para o espaço onde estou inserida e fazer algo”, concluiu.
Ao total, foram 7.500 inscrições de pessoas de todo o Brasil, desde expositores a expectadores para o Congresso e suas atividades científicas. Este ano, o Abrascão tem o tema Fortalecer o SUS, os direitos e a democracia e acontece durante todo o final de semana, entre o dia 26 e 29 de julho, pela primeira vez na Fiocruz, no Rio de Janeiro.