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Prospectiva para Ciência, Tecnologia e Inovação

Livro: Prospectiva para Ciência, Tecnologia e Inovação

Autores: Ian Miles, Ozcan Saritas, Alexander Sokolov

O livro preenche uma lacuna na literatura relacionada aos chamados estudos do futuro, seja no âmbito nacional como no internacional. Prospectiva para Ciência, Tecnologia e Inovação pretende, dessa forma, ampliar o conjunto de atores engajados na política de ciência e inovação, contribuindo para planejadores, formadores de políticas e tomadores de decisão.

A obra é uma tradução de Foresight for Science, Technology and Innovation, cuja primeira edição foi lançada em 2016. Publicado originalmente em inglês, o título foi escrito por Ian Miles, Ozcan Saritas e Alexander Sokolov, professores da Escola Superior de Economia (HSE), sediada em Moscou, na Rússia. Valdir Ermida, pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), foi o responsável pela tradução. 

▶️ Confira o vídeo de lançamento abaixo ou clique aqui para assistir.

Segundo o tradutor, o volume organiza um conhecimento que se encontrava disperso na literatura, aplicando-o ao conceito de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). "O livro conjuga desde a história da prospectiva, os conceitos que a justificam, bem como os seus métodos, processos e resultados, aliados a uma rica variedade de exemplos e ilustrações que auxiliam no entendimento de sua aplicação e prática", resume Ermida. 

Logo no prefácio, o pesquisador apresenta uma série de conceitos e definições do termo prospectiva, com o propósito de fundamentar a adoção, em português, desse vocábulo como a justa versão do original foresight. Dessa forma, o livro representa, de acordo com o tradutor, um refinamento conceitual na área de estudos de futuros. São nove capítulos, além de prefácio, introdução, conclusões e referências. Os autores originais assinam também uma Apresentação à Edição Brasileira. "As sessões do livro estão encadeadas segundo uma sequência idealizada de estágios", explica Valdir Ermida.
   
No primeiro capítulo, são apresentados os antecedentes e o objeto da prospectiva. Nos capítulos dois e três, os leitores conhecem as fases de iniciação e de interação. Nos dois capítulos seguintes são apresentadas as principais ferramentas da fase de inteligência. Já o sexto capítulo representa a fase de imaginação, quando são introduzidos os métodos para a construção de cenários.

O capítulo sete mostra a fase de integração, na qual se busca uma compreensão de como as coisas se relacionam entre si para, em seguida, na fase de interpretação (oitavo capítulo), desenvolver e avaliar estratégias para a construção de futuros. Por fim, no último capítulo, o livro enfatiza a importância do estabelecimento de prioridades e de recomendações para ação, focando também na disseminação e na aplicação das recomendações da prospectiva.

A prospectiva e o cenário da pandemia
A obra esmiúça as intrínsecas relações entre a experiência em CT&I e a formulação de políticas públicas. Diante dos muitos desafios causados pela emergência global da Covid-19, os autores mostram a necessidade de conhecimentos especializados para enfrentar uma crise como a pandemia. "Os exercícios de prospectiva geralmente consideram futuros de longo prazo, em que até mesmo os especialistas têm enorme incerteza sobre como as várias possibilidades irão evoluir e se entrelaçar", avaliam Miles, Saritas e Sokolov. 

O tradutor da obra enaltece os esforços dos autores na contextualização dos estudos do futuro com o cenário atual. "Eles nos presenteiam com uma introdução à edição brasileira, em que exploram as relações entre a prospectiva e as políticas vigentes à luz da pandemia de Covid-19. Em um momento histórico, quando todos nós nos perguntamos como deverá ser o mundo pós pandemia, acredito que este livro se apresenta como uma promissora ferramenta de apoio à construção de um futuro melhor", ressalta Ermida.

Sobre os autores
Chefe do Laboratório de Economia da Inovação da Escola Superior de Economia (HSE), em Moscou, Ian Miles é também professor de inovação tecnológica e mudança social na Escola de Negócios de Manchester, Universidade de Manchester (Reino Unido), onde concluiu o doutorado em Inovação em Serviços. Miles tem licenciatura em Psicologia. 

Pesquisador sênior do Instituto Manchester de Pesquisa em Inovação, da Universidade de Manchester, Ozcan Saritas é professor de inovação e estratégia na Universidade Nacional de Pesquisa da Escola Superior de Economia (HSE), em Moscou. É também editor-chefe de Foresight – jornal de estudos sobre futuros, pensamento estratégico e política.

Alexander Sokolov é vice-diretor do Instituto de Estudos Estatísticos e Economia do Conhecimento, da Universidade Nacional de Pesquisas da Escola Superior de Economia (HSE), em Moscou. É diretor do
Centro de Prospectiva Internacional da HSE, onde é também professor titular. 

Sobre o tradutor
Chefe do Serviço de Planejamento do INI/Fiocruz, Valdir Ermida é doutor em Business & Management pela Universidade de Manchester. Psicólogo formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), tem mestrado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e especialização em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

R$ 84,00 (impresso) | R$ 50,40 (digital) | 453 páginas

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Primeira edição: 2021
ISBN (impresso): 978-65-5708-037-5
eISBN (digital): 978-65-5708-111-2

Prefácio
Apresentação à Edição Brasileira
Introdução
1. Por Que Este Livro?
2. prospectiva, Prospectiva – e Prospectiva para CT&I
1. Prospectiva para CT&I: o que e por quê
1.1 A Natureza da Prospectiva e da ProspeCTI
1.2 As Origens da ProspeCTI
1.3 A ProspeCTI como um Processo
2. Iniciação: abrangência e gerência da prospeCTI
2.1 Introdução
2.2 Os Doze Elementos da Abrangência
2.3 Conclusões
3. Interação: participação e recrutamento
3.1 Introdução
3.2 Painéis: o coração da ProspeCTI
3.2.1 Trabalhando com painéis ProspeCTI: sete passos
3.2.2 Formas de trabalhar com painéis
3.3 Métodos Comuns de Interação
3.3.1 Brainstorming (tempestade de ideias)
3.3.2 Mapa mental
3.4 Conclusões
4. Inteligência: Varredura Ambiental e de Horizontes
4.1 Introdução
4.2 Varredura Ambiental
4.3 Varredura de Horizontes
4.3.1 Tendências
4.3.2 Direcionadores
4.3.3 Sinais Fracos
4.3.4 Curingas
4.3.5 Descontinuidades
4.4 Ferramentas para Varredura Ambiental e de Horizontes
4.4.1 Recapitulando
4.4.2 Brainstorming para a Varredura
4.4.3 Inquéritos
4.4.4 Big data, bibliometria e análise semântica
4.4.5 Análise de redes
4.5 Conclusões
5. Inteligência: Delphi
5.1 Introdução
5.2 Aplicações do Método Delphi
5.3 Recursos Necessários para o Delphi
5.4 O Processo Delphi
5.4.1 Trabalho preparatório
5.4.2 Formulação das declarações dos tópicos
5.4.3 Formulação das perguntas sobre as declarações dos tópicos
5.4.4 Implementação do inquérito
5.4.5 Análise e divulgação dos resultados
5.5 Tipos de Inquéritos Delphi
5.5.1 Delphi padrão 1: prevendo “o quê” e “quando”
5.5.2 Delphi padrão 2: prevendo “até que ponto”
5.5.3 Delphi de “impactos”
5.5.4 Delphi de “políticas”
5.5.5 Delphi de “cenários múltiplos”
5.5.6 Outros tipos de Delphi
5.6 Conclusões
6. Imaginação: cenários e futuros alternativos
6.1 Introdução
6.2 Apresentando os Cenários
6.3 Cenários: um ou muitos?
6.4 Métodos para o Desenvolvimento de Cenários
6.5 Oficinas de Cenários
6.6 Abordagens de Cenários
6.7 Construção e Análise de Cenários em Oficinas
6.7.1 A oficina em si
6.7.2 A fase pós-oficina
6.8 Conclusões
7. Integração: modelagem
7.1 Introdução
7.2 Tomando Ciência da Modelagem na ProspeCTI
7.2.1 Abordagens de modelagem qualitativa
7.2.2 Modelagem quantitativa
7.2.3 Exemplos de modelos em ProspeCTI
7.3 Conclusões
8. Da Integração à Interpretação: traduzindo a ProspeCTI em estratégias
8.1 Introdução
8.2 Métodos de Avaliação
8.2.1 Análise de custo-benefício e multicritério
8.2.2 Outras abordagens de avaliação
8.3 Priorização: tecnologias críticas
8.3.1 Tecnologias críticas/chave
8.3.2 Aplicando o método de tecnologias críticas
8.3.3 Limitações e fraquezas potenciais da abordagem de tecnologias críticas
8.4 Passando para a Interpretação: construção de roadmap(roadmapping)
8.4.1 Formato e arquitetura dos roadmaps
8.4.2 O processo de construção de roadmap (roadmapping)
8.5 Conclusões
9. Intervenção e Impacto: resultados, ação e avaliação
9.1 Introdução
9.2 Saídas e Resultados da ProspeCTI
9.3 Relatando e Divulgando o Processo ProspeCTI e seus Achados
9.4 Influenciando Resultados: estratégias, ações e partes interessadas
9.5 Da Intervenção ao Impacto: avaliação dos impactos
9.5.1 Ferramentas para avaliação da ProspeCTI
9.5.2 O processo de avaliação
9.5.3 Algumas experiências de avaliação
9.6 Conclusões
Conclusões
Referências

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