Livros que estimulam o diálogo entre as ciências sociais/antropologia e as ciências da saúde/saúde coletiva, com perspectivas inovadoras na abordagem interdisciplinar do processo saúde-doença.
A gestação, o parto e o pós-parto vivenciados por mulheres adeptas da religião Daime é a principal investigação de O Parto na Luz do Daime: corpo e reprodução entre mulheres na vila Irineu Serra, título da coleção Antropologia e Saúde.
Em um momento no qual tanto se debate os efeitos - físicos, mentais e coletivos - a longo prazo da pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo, analisar as condições e adoecimentos de longa duração se mostra ainda mais pertinente. É nesse contexto que a Editora Fiocruz lança Experiência, Saúde, Cronicidade: um olhar socioantropológico, livro que integra a coleção Antropologia e Saúde.
Bianca e Leandro formavam um casal. “Bianca exibia um corpo com formas arredondadas decorado por vestidos, maquiagem e saltos altos, mas ainda tinha o pênis; Leandro usava faixas para apertar os seios e uma meia enrolada na cueca para fazer volume nas calças. Uma mulher com pênis; um homem sem? Um menino vira mulher e namora uma menina que vira homem? Ela é ele? Ele é ela?” Do choque inicial veio a motivação para o trabalho de doutorado sobre candidatos/as ao processo transexualizador em um serviço de um hospital público.
Este livro é o resultado de uma ampla pesquisa socioantropológica sobre as representações populares e as experiências com a hipertensão arterial sistêmica. A autora entrevistou homens e mulheres hipertensos diagnosticados há mais de um ano, com idades entre 50 e 65 anos, clientela de uma unidade de Saúde da Família na cidade de Amparo, no estado de São Paulo.
"Este livro está construído em torno do pressuposto de que, para se compreender os padrões de doença, as formas de cuidado e os recursos de cura, é necessário considerar, antes de tudo, o contexto no qual eles ocorrem. Tal contexto envolve, para além de fatores sociais, ambientais e econômicos, um conjunto de valores e práticas culturais que norteiam os processos da vida de indivíduos e comunidades, os quais podem influenciar positiva ou negativamente o curso de uma determinada condição.
Estudo que trata da triste e desafiadora experiência de combate à mortalidade infantil no nordeste brasileiro, especificamente no estado do Ceará. Seus capítulos versam sobre a teoria, a metodologia, os cuidados clínicos e a ação comunitária e estão fundamentados na antropologia médica, que tem guiado os programas de atenção à saúde infantil nesse estado brasileiro.
A obra pretende desvendar o que seja uma urgência ou uma emergência em saúde a partir de duas perspectivas: a dos usuários e a dos profissionais da rede pública. A autora mostra um universo dinâmico e complexo a partir de um trabalho antropológico realizado na Faculdade de Medicina de Marília, em São Paulo. São decisões médicas, muitas vezes de suma importância para a manutenção da vida, muitas vezes questionáveis sob o ponto de vista ético.
Publicado pela primeira vez em 1979, tornou-se a primeira publicação brasileira a analisar o corpo como sistema simbólico. Desde então, tem sido referência para várias gerações de cientistas sociais. Trata-se de um livro didático e denso que introduz o leitor aos eixos analíticos básicos para a compreensão da sociedade como um sistema de significações.
Originalmente tese de doutorado, este livro explora um tema que se situa à margem do que costuma ser objeto das investigações antropológicas – a vida que as pessoas vivem em seus diversos aspectos, seja no plano social, familiar, político, econômico, artístico ou religioso. Desse modo, uma antropologia da morte poderia representar um contra-senso, a menos que seja tratada da maneira que se faz aqui, como meio para se compreender a própria vida.