22/08/2008
Vida de habitantes de litoral carioca é analisada
Uma pesquisa vai revelar o estilo de vida das populações sambaquieiras, que habitaram o litoral do Rio de Janeiro, há cerca de 3 mil anos. A paleopatologista Angélica Estanek, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz, analisou a ocorrência de osteoartroses (alterações nas articulações) em remanescentes ósseos exumados do sítio Ilhote do Leste, na Ilha Grande, e a relação dessas com as atividades cotidianas desse grupo.
Foram examinados 30 indivíduos da coleção que se encontra sob a guarda do setor de Antropologia Biológica do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sendo 12 mulheres, 15 homens e 3 que não foi possível identificar o sexo. Seis principais conjuntos articulares foram verificados: ombro, cotovelo, punho, quadril, joelho e tornozelo. O estudo se baseou em uma metodologia inédita de esquemas de quadrantes, que considera o mecanismo de movimento de cada articulação.
"Poucos trabalhos foram elaborados sobre estas perspectivas para populações sambaquieiras. A análise das osteoartroses irá permitir a compreensão e a distribuição das atividades laborais associadas ao uso discriminado do corpo nesta população, compondo uma visão ampla sobre os pescadores-coletores-caçadores", diz a pesquisadora.
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