30/07/2015
O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz realizou, no dia 23 de julho, um seminário alusivo ao Dia Internacional da Mulher Latino-Americana e Caribenha.Mesmo tendo acontecido no meio de um período de greve dos trabalhadores da Fiocruz, a iniciativa reuniu 67 participantes no auditório do Pavilhão Arthur Neiva (IOC).
Para o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção à Saúde, Valcler Rangel – que participou de todo o evento – sendo o racismo um determinante social, a Fundação como instituição estratégica de promoção à saúde tem que considerar os trabalhos que envolvam o tema raça/racismo como ciência. Valcler também destacou a importância do Comitê comemorar o Dia 25 de Julho (Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha) com uma reflexão sobre as condições de Saúde dessa mulher hoje.
A programação do evento foi bem diversificada. Foram duas mesas “Mulher Negra, Saúde e Lutas Sociais” e “Mulheres de Axé: direito à liberdade religiosa”, uma apresentação da Diretoria de Recursos Humanos (Direh) sobre o perfil dos servidores da Fiocruz sob a perspectiva de gênero e raça e uma conferência de encerramento com o tema “Para onde Marcham as Mulheres Negras?”. Os participantes ainda tiveram a oportunidade de assistir ao curta-metragem “Jurema”, do cineasta Clementino Junior, experimentar quitutes da culinária afro-brasileira e adquirir roupas e artesanato étnicos.
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, é um marco histórico internacional da luta da mulher negra contra a exploração de classe e opressão racial e patriarcal. No Brasil, assim como nesses demais países, a mulher negra ainda é aquela que ocupa o último lugar na escala social. É a com a menor escolaridade, o menor salário, a que não têm parceiro afetivo, a que mais sofre com o preconceito racial. Por isso, o objetivo deste seminário foi o de provocar a reflexão sobre como e quanto esse contexto reflete nas questões ligadas à saúde.