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Revista 'Trabalho, Educação e Saúde' lança último número de 2016


20/09/2016

Fonte: EPSJV/Fiocruz

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A última edição de 2016 de Trabalho, Educação e Saúde, periódico científico editado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), traz uma reflexão sobre a altmetria. O editorial de autoria de Fábio Gouveia, professor do Museu da Vida, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do IBICT-UFRJ explica que a altmetria é uma das formas mais recentes de medir a ciência. Baseia-se no uso de qualquer indicador de comportamento on line que atue sobre os resultados do ciclo de vida de uma pesquisa, expressado por cientistas, jornalistas, público e outras fontes. Ela se apresenta como um complemento das métricas tradicionais, como o fator de impacto, mas tem a singularidade de dar voz à sociedade quanto aos resultados que a ciência produz.

No ensaio Trabalho, racionalização e emancipação: de Marx ao Marxismo, e a volta, escrito por Marcílio Rodrigues Lucas, o autor propõe uma reflexão sobre a relação entre trabalho e emancipação no pensamento marxista, à luz dos dilemas enfrentados pela esquerda e pelas organizações da classe trabalhadora no século XX. O objetivo central foi indicar como importantes pensadores e grupos vinculados ao marxismo contribuíram, de diferentes formas, na formação das bases ideológicas e na constituição concreta dos dois modelos de organização da produção e da vida social que predominaram após a Segunda Guerra Mundial: o compromisso fordista nos países de capitalismo avançado e o modelo soviético implantado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e difundido pelos países-satélites que formavam o bloco socialista.

Na seção Artigos, Edgar Lisboa et al. analisam, em Conselhos locais de saúde: caminhos e (des)caminhos da participação social, a implantação dos conselhos locais de saúde, com base numa experiência levada a efeito num município capixaba, buscando identificar apoios e limites para expressar a efetiva participação social no contexto do Sistema Único de Saúde. O encontro com uma identidade social conflituosa indicou que a participação social ficou comprometida, pois faltavam cultura política local e mobilização social. 

Em Formação para o SUS: uma análise sobre as concepções e práticas pedagógicas em saúde coletiva, de Patrícia Damiance et al., e Nas trilhas da utopia: tecendo o projeto político-pedagógico em um curso de nutrição, de Carla Teo et al., os autores lançam um olhar sobre a formação em saúde e esmiúçam dois projetos político-pedagógicos nas áreas de nutrição e saúde coletiva, em pesquisas que envolveram 11 docentes de enfermagem orientadores de estágio em saúde coletiva de instituições de ensino superior, no primeiro artigo, e 46 estudantes de um curso de nutrição no segundo.

A educação permanente, objeto de política pública e estratégica para a formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde, é o mote de quatro artigos desta edição. Em Política de formação e educação permanente em saúde no Brasil: bases legais e referências teóricas, Renata Gigante e Gastão Wagner S. Campos discutem as inter-relações dos relatórios das Conferências Nacionais de Saúde com as propostas apresentadas em documentos oficiais do Sistema Único de Saúde referentes à formação e ao desenvolvimento de recursos humanos, buscando relacioná-los à incorporação de novos referenciais pedagógicos pautados pelas metodologias ativas de ensino-aprendizagem. No estudo Avaliação da educação permanente no processo de trabalho em saúde, de Luiz Silva et al., o objetivo foi conhecer as mudanças ocorridas no processo de trabalho decorrentes do emprego da educação permanente em saúde. Os autores de Desafios e potencialidades do processo de educação permanente em saúde, Cristiane Peres et al., ponderam sobre os impasses que dificultam o processo de implementação da educação permanente em um município paulista. O último artigo deste bloco, Integrando educação e trabalho: o caso do Permanecer SUS da Secretaria da Saúde do estado da Bahia, de Wilton Figueredo e Renata Véras, analisa a contribuição do projeto PermanecerSUS para a formação de estudantes e profissionais de saúde.

A última edição do ano traz ainda artigos sobre etnozoologia e educação ambiental, em um estudo dirigido a escolas da Amazônia, educação a distância como processo de qualificação de profissionais para o Sistema Único de Saúde, práticas de biossegurança no ensino técnico de enfermagem, a educação alimentar através das histórias em quadrinhos e a produção científica sobre terapia ocupacional e humanização na formação e no trabalho em saúde.

Conheça a edição.

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