06/02/2015
Fonte: Informe Ensp
A edição de janeiro de 2015 (vol.20 n.1) da Revista Ciência & Saúde Coletiva, disponível on-line, marca os 20 anos da publicação e relembra o seu lançamento, em 1996, quando grandes transformações ocorreram na área da comunicação, como o crescimento do movimento de universalização da internet e dos produtos on-line, e temia-se que os textos impressos se tornassem obsoletos. Hoje, a publicação se destaca como uma das três mais importantes da área. De dois números anuais, em 1996, passou para quatro, depois para seis e, em 2011, começou a ser publicada mensalmente, sendo indexada em 18 bases de dados nacionais, regionais e internacionais, entre elas, Scielo, Medline, ISI/Thomson e Scopus. Segundo os editores Maria Cecília de Souza Minayo (Ensp/Fiocruz) e Romeu Gomes (IFF/Fiocruz), apesar do receio de se iniciar um novo periódico, a diretoria da Abrasco considerava necessário dar visibilidade à abundante produção científica da área e subsídio científico à construção do SUS.
Nesses 20 anos, foram publicadas 112 edições, 2993 artigos (até o fim de 2014), numa média de 28 textos por fascículo. Esses foram acessados - entre 2002 e setembro de 2014 - por 9.408.979 pessoas de língua portuguesa; 550.337, inglesa; 189.420, espanhola e 443.264, de outros idiomas. Isso representa um dos índices mais elevados de acesso à produção brasileira em qualquer área.
Artigos desta edição destacam estudos relacionados à saúde de crianças e adolescentes
Trazendo 11 artigos que abordam assuntos variados como as diferenças de estilos de vida entre adolescentes de Portugal e o acesso a informações preventivas para a saúde bucal entre crianças da rede pública de ensino, a edição de janeiro conta ainda com 16 artigos de tema livre e duas revisões. Uma delas, intitulada Proteção individual versus proteção coletiva: análise bioética do programa nacional de vacinação infantil em massa, contou com a colaboração da pesquisadora Fermin Roland Schramm, da Ensp/Fiocruz.
Escrito em conjunto com Sérgio de Castro Lessa, da Universidade de Brasília, o artigo considera a vacinação como uma das políticas de saúde pública mais efetivas e de menor custo-benefício, mas é também uma das técnicas biomédicas mais polêmicas, principalmente quando a vacinação é utilizada compulsoriamente em toda a população. No texto, os autores buscam demonstrar que as ferramentas da bioética são relevantes nesta discussão para analisar e compreender criticamente estes conflitos, fornecendo argumentos para orientar a elaboração de biopolíticas que considerem não apenas a prevenção, mas, também, a responsabilidade solidária de todos como fundamento para uma proteção que seja tanto individual como coletiva.
O artigo Reintegração familiar de crianças e adolescentes em acolhimento institucional em municípios brasileiros de diferentes portes populacionais é outros estudo apresentado por pesquisadores da Ensp/Fiocruz. Elaborado por Andrea M. Iannelli, Simone Gonçalves Assis e Liana Wenersbach Pinto, o texto traz uma análise dos dados fornecidos por serviços de cuidados tutelares brasileiros para crianças / adolescentes a partir da perspectiva da reintegração familiar. A metodologia da pesquisa levou em consideração a coleta de dados de 2.624 centros brasileiros e 36.929 crianças e adolescentes em atendimento.
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