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Restauração ambiental da Baía de Guanabara é tema de evento


10/07/2023

Danielle Monteiro (Ensp/Fiocruz)

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Você desenvolve, desenvolveu ou deseja desenvolver estudos, ou até mesmo trabalha, na área de Saneamento, Saúde Ambiental ou Saúde Coletiva com comunidades ou populações que vivem na bacia da Baía de Guanabara? Então venha participar da Pré-Conferência Participativa da Fiocruz sobre a Baía de Guanabara! O evento, que será promovido pelo Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Escola Nacional de Saúde Pública (DSSA/Ensp/Fiocruz), com apoio do Movimento Baía Viva, será realizado no dia 18 de julho, das 10h às 16h, na Varanda da Fiotec, no campus Maré da Fiocruz. São ofertadas 50 vagas para a participação presencial na pré-conferência. Podem participar pesquisadores, alunos e trabalhadores que atuem nessa área em qualquer uma das unidades da Fiocruz no Brasil. Faça já sua inscrição para garantir sua vaga!

Se tiver interesse em apresentar seu trabalho ou pesquisa, indique no formulário de inscrição, incluindo o título e a unidade da Fiocruz na qual você trabalha.

A pré-conferência também será transmitida pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.

A atividade pretende mobilizar a comunidade da Fiocruz na elaboração de sugestões e propostas para a construção de um Plano de Restauração Ambiental da Baía de Guanabara na Década do Oceano (PRAI-BG, 2023-2030), que será debatido na 1ª Conferência Participativa da Baía de Guanabara (Conferência PRAI-BG) em setembro. As pré-conferências participativas sobre a Baía de Guanabara integram as diversas ações promovidas pelo Movimento Baía Viva, com apoio de organizações e instituições públicas, movimentos sociais e praticantes de esportes náuticos, em prol da preservação do território. Os encontros estão sendo realizados nos municípios da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara, em universidades, escolas e comunidades, de forma on-line ou presencial. 

Além das pré-conferências, a campanha envolveu reuniões para mobilização social com comunidades pesqueiras, instituições acadêmicas e órgãos públicos; assim como uma barqueata/expedição científica no Arquipélago de Paquetá e na Ilha de Brocoió; e um encontro preparatório de lançamento da Conferência PRAI-BG com pesquisadores/as, gestores públicos, jornalistas, comunidades pesqueiras, empresas e movimentos socioambientais.

A Baía de Guanabara, segunda maior do país, é um símbolo do Rio de Janeiro e do Brasil, reconhecida em todo o mundo. Organizador da pré-conferência pela Ensp e pesquisador do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA/Ensp), Paulo Barrocas lembra que, ao longo do século 20, a baía teve a qualidade de suas águas degradadas por diversas atividades antropogênicas desenvolvidas em sua bacia, como, por exemplo, atividades portuárias, industriais, de carga e descarga de petróleo e seus derivados, entre outras. E, principalmente, pelo crescimento urbano desordenado, que resultou no contínuo lançamento nas suas águas e dos rios afluentes, de grandes quantidades de resíduos sólidos, efluentes industriais e esgotos sanitários sem tratamento. Barrocas conta que, ao longo das últimas décadas, algumas iniciativas foram lançadas na tentativa de despoluir a baía, tais como o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) nos anos 1990, que nunca atingiu os objetivos propostos, e o Programa de Saneamento dos Municípios (PSAM), também financiado pelo BID em 2011, que ainda não teve suas obras concluídas. “Com a definição da realização das olímpiadas no Rio de Janeiro em 2016, novas promessas de despoluição da Baía de Guanabara foram feitas pelas autoridades, que novamente não chegaram a ser cumpridas. No contexto atual de emergência ambiental, todas as atenções devem estar voltadas para a adaptação e/ou mitigação dos impactos das mudanças climáticas e das necessárias mudanças nos padrões de produção e consumo da sociedade, buscando uma economia de baixo carbono, que seja verdadeiramente sustentável e alinhada com Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e com a Agenda 2030. Neste sentido, é urgente que retomemos a luta pela restauração da saúde ambiental da Baía de Guanabara, a partir da mobilização de toda a sociedade”, destaca Barrocas.

Confira, abaixo, a programação da Pré-Conferência Participativa da Fiocruz sobre a Baía de Guanabara:

Programação

10h às 10h30 - Abertura da Pré-Conferência
10h35 às 12h35 – Mesa 1: Apresentação dos trabalhos dos grupos de pesquisa, associações e comitês
12h35 às 13h35 – Almoço
13h40 às 15h30 – Mesa 2: Debate e Propostas para a Construção do Plano de Restauração Ambiental da Baía de Guanabara
15h30 às 15h50 – Consolidação e Sistematização das Propostas
15h50 às 16h – Encerramento
 

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