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Reciis apresenta análises sobre violência e direitos humanos


02/01/2019

Por: Roberto Abib (Icict/Fiocruz)

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No mês em que completa 70 anos de Direitos Humanos, a Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde (Reciis) apresenta reflexões sobre o contexto social e político brasileiro pela perspectiva da segurança pública, violência urbana e Direitos Humanos. Estes temas são discutidos na seção de análise conjuntural da quarta edição de 2018. A Reciis é editada pelo Instituto de Comunicação e Informação Cientifica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). 

A edição também apresenta um relato de experiência que concebe o conhecimento como algo que não é dado e sim construído. Embasado pelo construtivismo, o trabalho consiste numa reflexão sobre o uso da viagem educacional e oficinas temáticas no componente curricular em psicofarmacologia clínica. Para o autor Mússio Pirajá, a viagem educacional permitiu a integração emoção/razão a partir dos significados percebidos em contato com produções artísticas, e as oficinas temáticas proporcionaram aprendizagens complexas e produção de dispositivos que permitiram a vivência do acolhimento, vínculo, comunicação, sensibilidade e empatia entre os sujeitos.

Pensar a comunicação como um tornar comum a partir de processos de colaborativos é uma questão trazida em outro artigo original da edição, o qual questiona as metodologias qualitativas que extraem conhecimentos apartados das lutas sociais e não reconhecem os saberes dos sujeitos investigados. O trabalho se concretiza por esse referencial teórico numa pesquisa sobre documentários produzidos no contexto das lutas sociais contra os agrotóxicos e pela agroecologia. 

Compartilhamento de dados e biotecnologia

Em relação aos estudos de informação em saúde, a Reciis apresenta um trabalho de levantamento e análise das políticas e infraestruturas de compartilhamento de dados de pesquisa em saúde adotadas pelos institutos e centros que compõem o NIH – National Institutes of Health (Institutos Nacionais de Saúde), organismo norte-americano de pesquisa biomédica. O artigo fornece subsídios para debates sobre diferentes tipos e abordagens de abertura e compartilhamento de dados de pesquisa científica, indicando questões pertinentes aos desdobramentos futuros da pesquisa. Em relação a medicamentos biotecnológicos, um outro trabalho analisa a atual situação no ranking de depósitos de pedidos de patente de insulina no Brasil, cujos resultados demonstram a ausência no Brasil de indústrias nacionais inovando, por meio de patentes, nessa área biotecnológica, deixando o país dependente de aquisição da insulina no mercado externo.
Interações online e saúde

Na abordagem assistencial, esta edição traz um estudo que descreve a experiência das mães de crianças com paralisia cerebral à luz da teoria de adaptação de Roy. O trabalho considerou que o enfermeiro deve objetivar, em seu trabalho, respostas adaptativas, minimizando as respostas ineficientes, de modo a obter a melhoria do cuidado prestado a mãe-criança, fortalecendo o vínculo afetivo entre ambos. Na interface entre saúde e tecnologia, apresenta-se um cenário e identificam-se fatores associados à não utilização da teleconsultoria pelos médicos da atenção primária na macrorregião Norte de Minas Gerais. Outra pesquisa analisa o conteúdo postado no Instagram pelos perfis fitness populares no Brasil.  Os autores desta análise entendem as redes sociais como espaços para futuras ações e intervenções de promoção da saúde, por parte de agências e conselhos de profissões. 

Conheça a edição.

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